quarta-feira, 30 de março de 2011

"As flores do meu Jardim"


Este ano a minha filhota mais velha vai á cerimónia da Benção das Fitas. Depois da aquisição do traje, eis que aí vem o final da licenciatura. Hoje chegou a casa com as fitas e fez questão que estivessemos todos, os principais, para com lágrima no olho fazer a entrega personalizada, recebida como não podia deixar de ser, com travões a fundo para não entrar em pranto, sobretudo a Mãe, mas diga-se em boa verdade, o Pai tb e até a Mana. A Mãe tem a fama os outros o proveito...

A minha filhota mais velha está crescida, o que a espera, não sei...para já vai aguardar, quer fazer estágio e perceber, na prática, qual o mestrado a seguir...acho que faz bem...nestes tempos dificeis que vivemos e dos quais não nos vamos livrar nos proximos tempos, acho mesmo que temos que manter a calma...

O mesmo está a filhota mais nova a fazer... Iniciou-se no mercado de trabalho e está a perceber que o mundo do trabalho ñ é fácil. Entretanto continua a estudar...

estão a crescer, cada uma á sua maneira e assim hão-de encontrar o seu Norte...

2 comentários:

São Grade disse...

pois é! como te compreendo...

Anónimo disse...

Isto chegou a um estado que... Mais Estado, precisa-se!
Precisamos de um estado regulador que ponha os cabelos em pé ao menos ferrenho liberal. Um estado que propicie aos cidadãos os serviços essenciais nas área da educação.

Mas o Estado nada regula devidamente.

No ensino Superior, os estabelecimentos vendem promessas de licenciaturas utilizando os alunos como meio de pressão para a o mercado de trabalho, os nossos filhos engrossam a geração “à rasca”.


Quais são as probabilidades de retorno do investimento feito?...

Filhos recém formados, futuros competidores...
Foquemos as empresas e, avaliemos as probabilidades de um emprego compatível com a sua formação...

Ao Estado compete regular e planificar. Suprir as faltas de profissionais e tout court providenciar que os cidadãos que obtenham uma certificação (com qualidade), tenham colocação no mercado de trabalho. Como? Simplesmente invertendo a lógica dos objectivos no ensino, privilegiando a qualidade à quantidade, reformulando os simulacros de cursos profissionais.

Os responsáveis pela educação andam numa azafama a avaliar o ensino sem se preocuparem em reflectir no serviço que prestam e se ele presta para alguma coisa.

O absurdo vai ao ponto de se alimentarem egos com as “Novas Oportunidades” certificando competências a granel, ao nível do 12º ano e do ensino superior em alguns casos, iliteracia comprovada.

Viva a engenharia estatistico-socrática!

Só abdicando de promessas de futuros dourados às famílias que se desunham a comprar capas e batinas e anseiam pela queima das fitas dos seus pimpolhos, só desincentivando o natural desejo de se ser progenitor de um doutor,engenheiro,... se evitarão os fogos que Deolindas, facilmente ateiam na geração dos nossos filhos.

A troco de um Ensino Superior vocacionado para o desemprego.