
Eu estou assim...
Despenteada...
Talvez não tão zombi...só um bocadinho!
Não desgosto de estar assim, é como se estivesse em stand bye. Ou então hibernando parte do cérebro. Só ligo para algumas coisas e depois desligo logo para não gastar muita energia.
Mas estou atenta...
Eu venho cá sempre ouver-vos e ler-vos e às vezes, comentar-vos...Bem, quando estiver pronta escreverei muito...ou pelo menos algo assim mais sobre mim. Vivo numa corda e sem rede. Agora só digo isto para vos deixar com água na boca...e digo mais: a forma como trabalho é muito pra frente! É exactamente o prenuncio do que será a partir de agora para os mais jovens que tanto tremem sobre o futuro incerto! É isso mesmo: incerto. E os outros têm muitas certezas do futuro? Coitados!!! Não têm nada. é tudo uma ilusão. as certezas, as estabilidades...bah. Equilibrismo amigos! Sim...e outras artes circenses, uma vez no arame, outra no (?) varandim à espera de baloiço. Mas devo-vos dizer: emoção sempre! Quer quando estamos debaixo de luzes quer quando olhamos os outros e aguardamos a nossa vez...Emoção pura...E será que tenho trabalho no próximo mês? E como será o Verão? É melhor trabalhar agora muito e depois...vai ser deserto. Agora quase que não respiro...e neste momento faço piscina 4 vezes por semana...semana sim semana não também é giro: alterna-se. E alterna-se com a vida ao ritmo das nossas e deles (?) disponibilidades. Os jovens de hoje vão viver um pouco como eu vivo. Até já pensei escrever um livro: Como trabalhar no arame e sem rede. O que acham? (não sei se me apetece muito).
Quais as minhas performances? Bem...sou antes de mais psicoterapeuta, psicóloga relacional sistémica. Trabalho com quem me solicita ajuda numa base muito pragmática e o mais breve possível. Ando sempre a explorar novas ferramentas e instrumentos de trabalho que me ajudem neste domínio. Sou por isso também hipnoterapeuta e terapeuta de EMDR (um dia explico).
Sou terapeuta familiar e do casal e também faço mediação (de conflitos, familiar e outros...). Isto tudo se passa grandemente em dois lugares: um espaço próprio privado com uma sala ampla e simpática e com uma janela grande donde é possível ver o Mundo e, no IPJ em Faro, numa salinha também agradável e simpática, onde sou voluntária.

Este campo da minha vida é por vezes muito intenso e apaixonante.
Neste momento estou a trabalhar enquanto supervisora de Equipas Psico-sociais de Instituições - Lares de Crianças e Jovens e de Centros comunitários - o que estou a gostar muito porque estamos a aprender montes de coisas uns com os outros. Eu, com aqueles contextos que desconhecia e eles...com algo que eu lhes leve e os ajude a pensar e a reflectir sobre eles e sobre as práticas naqueles contextos...
Bem, e como não tinha nada para fazer estou a desenvolver um projecto de investigação (dissertação de mestrado) sobre a Satisfação com a Vida e a Satisfação Conjugal em Mulheres casadas e recasadas (ou unidas e re-unidas). Ai...ai...estou a ficar como o Carlos aí há uns 7 anos atrás...ai...ai...não vos digo nada nem quero falar sobre isso.
Ai é verdade, também dou (no 1º semestre) uma cadeira a meias na Escola Superior de Saúde do Algarve.
Eu disse-vos que nós lá no circo fazemos de tudo, do arame saímos e vendemos pipocas, depois vestimo-nos de outra coisa e somos as meninas do faquir, depois abrimos os portões para saírem os leões, depois ainda vamos baloiçar-nos sem rede por cima de todo o circo...mas quando não há público...não fazemos nada...às vezes é bom...às vezes assusta um pouco: querem acabar com o Circo? Já não gostam de nós? Gerir estas emoções é uma aprendizagem que fazemos com o Tempo que mora numa rolote toda velha por fora mas muito quente por dentro...
à vezes cantamos...nós as Moçoilas. E é muito bom! Os ensaios semanais são um espaço de encontro e de criatividade, outras vezes de amizade e outras de grande prod
ução...depende. E quando vamos a Sevilha por exemplo, é fixe! O palco é muito fixe! Por isso sempre gostei do Circo, creio...porque também sempre gostei do palco! E as canções preenchem-me, cantar, criar, rir...

Também tenho uma actividade que me dá uma felicidade mais tranquila, mais calma, mais silenciosa onde recarrego as baterias todas! Não, não estava a falar disso São...Eu sei o que estavas aí a pensar, eu vi-te! Essa aí também tem esse resultado em especial se tiver balanço... mas esta tem o resultado e todo o processo...e é muito leve, muito fluída e, de alguma forma ainda que realizada em grupo, muito solitária. É um encontro comigo mesma. Falo do Tai-chi. Hoje foi dia deste Caminho de Energia, deste Meditar movendo-me como brisa. Só. (um dia até tentei ensinar a Pino, long time ago!) Também vos posso ensinar um pouco lá em Monchique. Teresa onde andas que não me dizes nada???
Bem...podia estar aqui muito tempo a falar de coisas que faço e das que gostaria de fazer que ainda (ainda!) não faço e as que já não faço e fiz...etc...sou uma workahoolica especial. A minha adição é muito irregular. Se estiver em determinados contextos ou situações não preciso absolutamente de trabalho!Desligo tudo com grande facilidade. Nos meus sonhos por vezes lá ando eu com uma mochila às costas umas vezes levando o Sol outras vezes levando a Lua...
E não vos conto mais coisas...porque já aqui estou há 1,30h. Preciso descansar amanhã é dia de circo! Sobre aqueles que vivem comigo e que articulam comigo as funcionalidades e a intimidade...logo falo depois...agora estão a dormir. São dois. Aqui em casa somos apenas 5. Dois deles são os peixinhos do aquário. Não caberiam mais patas aqui em casa! Os outros são humanos, machos e lindos! É para eles que às vezes sirvo pipocas e algodão doce! Outras vezes coloco-os no alvo e atiro setas a toda a volta...e uma ou outra até prendem a roupa à circunferência de madeira!
abrejos pra vocês. Não sei se me esqueci de alguma arte...pelo menos aquelas que estão agora no meu repertório são estas. Alguém tem ideias?
da vossa m.
6 comentários:
olha , a história das setas nã sei se é é assim como eu estou a pensar mas que eu às vezes também me apetece atirar setas ( e outras atiro mesmo) é verdade! Aquelas "gajinhas que eu lá tenho em casa... ai uma setinha no c.... às vezes tinha cá um efeito pedagógico!!Outras são mesmo setas causadas pelo SPM...ou então pla loucura temporária da Mãe ! Sim, também tenho direito a ficar doidinha de vez enquanto, ou não??!!!
Bem , mas com mais frequência me apetece só dar lhes beijinhos e miminhos...pronto assim compensa!
OLá colega, eu tambem trabalho no circo e tb sem rede.ÁS vezes tb sirvo as pipocas.... aos meus três machos q tb são mt lindos
É um prazer ler-te.
Tou á espera(sentada para ñ me cansar) do nosso café , tb pode ser chá.....
Bjinhos
Isabel
Meguy, ao ler-te aqui e passados estes anos todos, acho que continuas fiel a ti própria. A vida amadureceu-te, mas não alterou a tua forma de...a encarares...
Ao ler te, tive um arrepio ... sim, os nossos filhos andarão nessa corda, cordinha, fiozinho da incerteza ... e para dizer a verdade, não sei como se educa alguém para esse tipo de vivência. Pessoalmente sou o inverso/oposto, gosto da estabilidade e desenvolver projectos a longo prazo ... muito longo prazo. O desafio é estabelecer as metas para os outros me acompanharem, definir os degraus que os levem ao cimo ... mas, estou a escapar à essência, como "educar" para a incerteza, para o voluntário, como empurrar a malta nova para o "empreendorismo"? Quais são os reforços, de auto-estima e reconhecimento pelos pares da "aptidão" individual, se ficamos entregue ao livre arbitrio? Como podem eles escolher, se o futuro é uma página branca onde apenas alguns lápis riscam ... será que vão passar o tempo a garatujar, sem conseguirem traçar linha alguma? Andar na corda, bamba ou fina e frágil é uma sorte e um dom. E se eles não descobrem onde está a corda e só contemplam o abismo povoado de leões preguiçosos e restos de pipoca?
Procurei-te tantas vezes.
Fascinas-me. Encantas-me. Sempre o fizeste... universo fantástico e almas gémeas. Sempre te pensei com irrealismo. Afinal és real, és mulher... e sempre te conheci. Engraçado, acho que no fundo eu sabia... Quero tanto abraçar-te Meguy.
Estou profundamente feliz.
Tenho um sorriso no rosto, talvez do teu abraço, Carlos...talvez de outras reacções à minha dança de ontem por esta hora...sempre por esta hora...durmo pouco nestas danças. O PP também, parece-me.
Não sei se isto se ensina Alex...compreendo a tua necessidade de balizar a tua função guia...mas não te sei dizer como se ensina!Com as receitas da São: beijinhos e abraços, por certo...Mas com muita confiança nas pessoas e no processo. A Otília, minha estrela guia, sempre me disse coisas como: vai! Faz! é por aí que achas que deves ir? Força! Eu acredito em ti! Tu vais onde quiseres ir...Por isso também se tem que conseguir confiar, admirar, supervisionar ao longe...Deixar ir, permitir errar, cair do arame e levantar de novo...sei lá. Sei sim que a Otília tem muito a ver com esta minha alma de bérbere, fecho os olhos e vejo o seu olhar negro iluminado pelo caminho que me via caminhar...E sempre a máxima com que me respondia à minha irreverencia, à minha vontade de abraçar o Mundo, à minha raiva: só quero que sejas feliz, filha. Não me lembro de a ouvir dizer que queria que eu fosse a algum outro lugar ou ser ou estar num outro patamar diferente ou ainda subir onde quer que fosse...apenas que eu fosse feliz. Isso também ajudou!O equilibrio desiquilibrado entre uma mãe do séc XXI e um pai do séc. XIX, também me deu muitas competências...
abraços, já não vejo nada...
Abraço-te também com força Carlos!
Isabel, perdoa-me o não café até hoje mas os nosso desencontros hão-de levar-nos lá, colega de cima do arame. Sabes? O conforto da rede de malha apertadinha que temos aqui neste blog torna-nos mais ariscas, pois não é? Quem tem uma rede destas...tem muita coisa! Obrigada amigos.
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