quarta-feira, 2 de junho de 2010

É!

Pois !É verdade!
Até o meu homem  me perguntou ontem, o que se passava com a "mixta" que andava muito sossegadita, que nem eu escrevia nenhuma tontice!!
Realmente às vezes o quotidiano parece que nos engole! Que nos sufoca! Martiriza! Eu sinto isso!
Parece que as semanas passam e eu não faço nada de interessante...sou mesmo estúpida, porque como se costuma dizer são "falas de farta"!
Ando pra cá e pra lá com as minhas mocitas para ensaios da ópera e da dança jazz ou de aulas de condução e de encontros com amigos...mas fico toda babada por fazê-lo e sentir que ainda precisam ou ainda apreciem que o faça!
Passo tempos a organizar e a cozinhar , para galhofas adoráveis com os meus amigos e sem as quais fim de semana já não é fim de semana!
Os telefones não param...para falar com os meus amigos que não puderam comparecer" nas ditas galhofas e com a minha família que está espalhada...
Não posso estar sossegada no computador...sem que a minha sobrinha do outro lado do oceano me desinquiete pelo messeger , skipe ou afins, ou que eu seja tentada a chamar os meus amigos para  2 dedos de conversa de chat e deliciosamente estejamos às vezes a conversar até as minhas pestanas reclamarem!!!
As refeições caseiras...ai ..que deviam ser descansadas e (à mesa não se fala...)...são "corridas" para quem consegue 1º a vez para contar como foi o dia...e a filha  mais nova já reclama que nunca sabe se estamos a falar a sério ou a brincar ( a mais velha já vai descobrindo!)
Que ingrata eu sou! Para comigo mesmo!
Como já vos contei em segredo, rio por dá cá aquela palha e choro sem quê nem pra quê!
Resmungo que os dias passam e não faço "nada" ... e tenho TANTO!! Faço TANTO!!
Dava para escrever um livro, dava!
Não serão todos os livros assim? Feitos de histórias acerca de vidas banais e originais ???
E assim foi mais um fim de semana...


4 comentários:

Paulo disse...

São, estou 100% de acordo contigo. Só estamos felizes com o que não temos ou com aquilo que gostariamos de ter ou estar a fazer. Nem nos apercebemos de que nesta curta vida que é a nossa existência, cada segundo pode ser vivido como uma eternidade. Tal como no post da M. só temos de recordar a nossa infância e perceber como longos eram os dias e distantes os nossos afazeres... vivemos uma época em que queremos acelerar até ao infinito sem perceber que por vezes nesta aceleração todo um mundo deixa de estar à mão para passar a ser apenas ilusão... Bom feriado

São Grade disse...

É!!

Lena OR disse...

A vida engole-nos. Falo por mim que nestes últimos tempos tenho andado meio arredada aqui deste espaço. Muito trabalho, um horário diferente e trinta mil coisas para fazer. Já não tenho que levar as filhotas às suas actividades. Já estão autónomas nesse aspecto, mas solicitam-me noutras situações. E depois com os dias mais longos, aproveito para fazer outras tantas coisas que são necessárias. quando finalmente chego ao computador é para tratar das couves da Farmville (tempo de descontracção)e depois é tão tarde que é preciso ir dormir. A verdade é esta, os filhos crescem, são muito autónomos, mas nunca deixam de nos pedir ajuda, para ler um trabalho para a faculdade ou para outra coisa qualquer(e ainda bem). Mãe é para sempre, e digo isto porque é um facto. Os pais desligam de vez em quando, as Mães não! Bjnhs e bom fim-de-semana porque amanhã é sexta-feira, Graças a Deus

m. disse...

Pai tem outra forma diferente de estar ligado...mas quando está está...há aí mais pais de poleiro do que o que à partida pensamos...galinhas mesmo!!!E não desligam não senhor. Têm outro jeito de demonstrar, de se entregar, de amar. Talvez quando desligam sejam mais desligados, talvez. As mães carregaram alguém dentro do seu corpo, têm pelo menos disso memória se outra coisa não tiverem, né?