domingo, 27 de junho de 2010
À noite no Liceu
Santo domingo...digo eu na minha camisa de dormir...despenteada, descalça, despreocupada...estou a gostar do des, neste caso! Ontem estive num grande evento da cidade de Faro! Se bem que não estivessem lá todos e todas, mas estava uma boa representação dos meninos e meninas de Faro, que a partir da sua adolescência pelo menos, viveram nesta cidade no tempo em que galgávamos os caminhos baldios "perigosos" para encurtar caminho, a mata...era um mistério, o campo dos "marinheiros", os arrabaldes de Faro...o percurso pela linha do comboio até à praia a passar pela casa dos Canários, a casa da bruxa, o cais...Todos nos conhecíamos, é claro. Talvez por essa altura não nos déssemos e, até talvez não tivéssemos gostado uns dos outros mas ontem à noite! Fabulástico o encontro com a memória! Fabulástico o voltarmos a sentir a "grande diferença" entre gerações... até me voltei a sentir mais nova que a minha irmã! e eu à procura daqueles com quem partilhei histórias! O Artur e a Alexandra, o Calhau, a São, o Zé-Zé, o Zé de Almada, o Paulo Simões, o Passos, o Fanan Pulga, a Ju e o Leal, a Isilda, a Paula Vedes, a Lisa, A Ana Vitória, o Vivaldo a Isabel Laranjo e o Caló, o Nunno, a Cristina Aragão Teixeira, o Barra e a Prazeres, a Samé, a Olga Barra, a Guida Manita, a malta da Avenida de cima, a Cinha a Cita, o Femas e os amigos belos que me recordam sempre a África que não conheço! E os ausentes...que necessariamente também vieram à memória dos presente! o Pilas, a Denise, o Pedrinho, a Anabela, e outros que tão naturalmente fizeram parte daquele espaço no Liceu, numa grande festa que teve direito a fotógrafo e tudo! Nunca comi tão bem no Liceu...pensando bem, acho que nunca comi no Liceu! Eu morava logo ali, descia a avenida mais depressa do que o tempo numa bicha de cantina à espera de vez...A cantina no 2º andar? Não me lembrava absolutamente de nenhuma cantina. Mas houve quem se lembrasse disso! As minhas memórias do Liceu são vagas, curiosamente...Tenho alguns flashs mais presentes, é certo, mas a minha memória teima em levar-me até ao Ciclo Preparatório...é daí que eu venho, é daí que me vem esta parte da alma. Do liceu lembro-me da pista de atletismo e daquela parte caseira do Liceu (que hoje tem uma pista como deve ser e naquela altura era o que era - uma terrinha batida que a malta alisava). Não gente boa, não fui atleta dessa modalidade...mas a modalidade do Amor levava-me até aí! Os meus sentidos todos abriam-se aí: eles treinavam e eu admirava o namorado que era o maior dardista (dir-se-à assim?) do mundo, o Paulo Castro. E lembro da Licas e do Marracho a atirar martelos ao ar...e outros que corriam nos campos os 100metros, os 200 ou as maratonas...Como alguns de nós de ontem à noite...uns continuam a correr a maratona da vida, mantendo o ritmo, a posição e a postura, usufruindo de cada passo, e de cada momento do percurso, enquanto outros fizeram (e ganharam, talvez...) os 100 metros ou os 200 e pararam, ficaram sem mais folgo, assustaram-se, ficaram sentados a pensar no feito e a viver a nostalgia...sem mais continuar a correr. Ontem recordámos isto e deu-nos a alguns aquela vontade de continuar a estar de vez em quando, talvez não tanto para recordar mas também para falar dos filhos que estão a partir e da restante maratona que continuamos a correr com o prazer de se ser como é e de se estar como se está! E de se estar grato por isso... Fabulástico!!! Grande noite. Acabámos dançando não no Galo d'Oiro nem nos Metralhas mas no Património que até dobrou um bocado a música para a malta estar mais adaptada, entremeando disco como transe com espanholas e funcky. E o Jaime atento a nos conquistar para mais noites! Pois, talvez devêssemos retomar a estrada, dizem os médicos do coração que devemos dançar, faz bem...se não necessitarmos de tanto combustivel, certo? Faltaram lá muitos de vós amigos...da minha turma de 6º e 7º, além de faltar o borracho do Prof. de Psicologia faltavas tu, Canas, o Nélio, e outros de Tavira e de Olhão que também me acompanhavam, fora os outros com quem nos encontrávamos naquela parte frontal do Liceu, nas escadas a descer para fumar uns cigarros. Agora já não fumo! Também acho que estou mais atenta, consigo ver para lá da pista de atletismo e gostar do que vejo. Diziam que o Liceu ia para obras! que era a nossa despedida daqueles lugares tal como são. As fotos do acontecimento hão-de aparecer! Esperemos...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Porreiro, Meguy! Ainda bem que foste e te divertiste!
Curiosamente as minhas memórias do liceu não se cruzam muito com a stuas, excepto nas "noites de estudo de matemática" na tua casa e pouco mais...o meu 6º ano foi desastrosos, com o confronto com malta a fazer experiências perigosas e nas quais eu não aderi!
Alguns ,ficaram pelo caminho!
Depois havia todo o ambiente do Experimental a que estav habituada e ali não se encontrava. Mas tive que me desenrascar! assim , a pouco e pouco fui me intrusando! e oo 7º e sobretudo o Propedêutico foi um ano delicioso! muita brincadeira! Muita alegria!
Fixe que tenhas gostado!
coisa tão mal escrita!! desculpem, é que bebi sangria ao almoço...ainda não recuperei....
Partilho as tuas palavras. Tb eu só tenho flashadas do Liceu o Ciclo tb me diz muito mais, aliás a sala do Liceu que mais frequentei foi a do Infantário, pois durante anos fui lá levar os meus filhos.
Da cantina tb não me lembro acho que tal como tu tb não comi lá.
E tb me lembro de ir ver o borracho dos dardos heheh até nisto temos tanto em comum.
Foi muito bom mesmo, pena que da Mixta tenham faltado tantos.
no meu facebook estão lá fotos do jantar.
Enviar um comentário