Brindo a vós!

O pargo estava excelente. Obrigada pela sugestão, Paulo. A Xana apanhou-me em casa, lá fomos rindo e pondo alguma conversa em dia...A Xana vai por uns caminhos que eu nunca sei muito bem para onde vai, mas lá fomos: saída para a IP1 pela estrada de S. Brás, saímos em Boliqueime e fomos directas para Albufeira, nas Ferreiras voltámos para trás, demos umas voltas a umas rotundas com umas estátuas elásticas com umas esculturas, para mim desconhecidas, "um homem de tijolo com um pau branco"...ou seria "um homem branco com um pau de tijolo". Eu era a co-pilota que me esquecia das coordenadas, a Xana guiava. O ar condicionado não nos condicionava a conversa. O Chico está a trabalhar a Migó também, nós não! Chegadas aos olhos de água, uma praia da costa sul do Algarve cheia de turistas, automóveis, tendas de vendas avulso de pulseiras e encharpes (eu comprei uma, branca), pessoas, pessoas e pessoas, ao fundo uma música ritmada de Brasil e a promessa de sardinhas e caipirinhas. O Alexandre ficou por lá com as miúdas, na fila das caipirinhas..."Posso não ir?". Onde está a São? (conhecem aquela coisa de "onde está o Wally?", era parecido) A Xana deu um grande grito, toda a gente do areal olhou e queria responder ao chamamento daquela moça moira, escura e barulhenta. Podia ser nos corredores da Afonso III. Era a mesma coisa. E pronto o trio reunido foi para dentro de uma água verde, castanha, algada, por onde desapareceram os meus membros inferiores, depois a barriga e depois tudo o resto...estava quente e fazia lembrar-me aqueles lagos onde não entro porque gosto de ir confirmando se não me falta algum bocado. O que vale é que a Xana me protegia e me trouxe quase ao colo para fora daquela água um dia cristalina mas agora muito duvidosa. Onde estão os olhos da água? Devem estar a chorar!! Banho tomado! Refrescante. Contentes, rindo e sempre inventando algo mais para rir...fomos atacar o quarto de férias da São. Banhos, toalhas, cremes hidratantes brilhantes, perfumes doces, desodorizantes, langerie dourada a condizer com o creme e as sandálias da outra. Fomos todas a condizer. Mensagem para o Paulo: estamos atrasadas...vamos já. falta o último rimel, o primeiro baton. Curioso, já repararam que a mixta quase não usa makeup? será isto uma cultura de uma época, de um grupo? Pronto, não havia mesmo a make up. Somos muita giras pra que isso? Cabelos molhados ao vento, blusa cai-cai, tomara que caia, sacos ao ombro...escada abaixo. Beijinho a D. Feliciana...está boa a tua mãe! E pronto, em 3 minutos chegámos ao restaurante das Iscas.

As ameijoas já nos esperavam com o Zé da Lena que já é nosso também, o Paulo e a própria Lena disfarçada de lagosta. Grande escaldão miúda! Bonita e com ares mais descansados, a CM está a 300 km!!! As conversas a partir daí desmultiplicaram-se e sobrepuseram-se e cruzaram-se num não acabam mais...silencio não existe. apesar de também poder existir porque estamos exactamente bem em silencio. o amor, a amizade, o amor...está bem em silencio. A Leonarda, o Artur, o Nélio, a Pino..."perdi-me!" dizia a Teresa Laranjo no meu telemóvel...Num instante estávamos todos porque a Isabel deixou a cadeira vazia ficou bem em Albufeira, disse ela. Veio o pargo, os vinhos do Planalto, as águas e o espumante que o amigo das Iscas nos ofereceu. Festejemos! festejemos a vida, o estarmos juntos, a Vida! Cheers para vocês todos amigos, os que por qualquer razão não conseguiram prendar-nos com a sua presença...