Bebo chá. Príncipe e limão. Da serra, é claro. Bebo litros de chá num prazer que só o Inverno me traz...e quero que a noite não acabe nunca. Sei sempre que amanhã de manhã dói. Dói acordar, sair da cama. Dói o início da manhã. Até ao primeiro café chamo-me burra dez mil vezes...porque mais uma vez fiquei demasiado tempo...e sabendo isso agora mesmo, assim continuo noite dentro, sem pestanejar...investigando até onde consigo ir. qual o meu limite. Fui sempre uma "esticadora" de limites..."um elástico"! Vivo cada segundo neste segundo. Planifico a semana para não mais pensar nela. Devo ser chata! Ainda há pouco Carlos estive a estudar os fósseis - nunca gostei dos fósseis e agora gosto...desde que fui à Lourinhã até gosto disso tudo e fico deslumbrada com os dinossauros que só se encontram ali (lourinhossauro) e no sul da Argentina...Uaw! As modificações das coisas...a impermanencia. A impermanência! Que conceito fantástico. Nada é igual nunca...Tudo tão absoluto. Como pode o Amor ser para sempre? O Amor é...vai sendo. Vai-se deslocando, modificando, arrefecendo, aquecendo, permanentemente diferente em cada áctimo de existencia! Deve ser aí que encontro a grande poetisa "Eu quero amar, amar perdidamente, amar a todos e não amar niguém..." Pois é. O meu filho ainda não me diz "já disseste isso 100 vezes"...não que eu não tivesse dito, talvez a sua capacidade de escuta ainda seja suficientemente flexivel para aguentar. Está grande o moço! Acho que hoje cresceu mais 2 cms. Já creio que olhei um pouco mais para cima do que ontem. A impermanência..."Já sobra do meu colo".
Vou calar isto agora. Acho que hoje estou demasiado pró funde mim. Não vos aborreço.
Lembro-vos, aqueles mais perto de Faro que o Teatro Municipal nos acolhe com as portas abertas pelos aeroportos, no dia 4 as 21,30 no Concerto de Natal da Orquestra...Free charge.
Hoje perdemos os Fellini no cinema de Faro, mas que volta dia 9 e dia 16 pra quem gosta das 4ªas com cinema intenso...Não esquecer a Manela Lopes (a Manelinha...) a fazer um tributo a Billy Holiday , entre outros, é claro, no dia 11 e 12 sexta e sábado, no velho Lethes. Preço, 10€...E...eu aconselho para quem não conheça...António Zambujo no Municipal no dia 12, 21,30.
depois digo mais...estou a lembrar-me que o Fuseta da Ponte está a defender a sua tese nestes dias...deve ser por isso que ainda não mordeu o nosso isco. seja o que for e como for...Bem hajam.
6 comentários:
Pois, por esta hora, 2h00, tinha eu acabado de grelhar" alunos por um daqueles pseudo-instrumentos "científicos" com que o ainda reinante postivismo, fora de sítio, tenta avaliar estes primos distantes dos lourinhosauros.
Amanhã o dia é folgado de aulas mas o trabalho, no seu todo, pesa na alma e no corpo.
Cá ando eu a tentar acreditar num curso profissional de Interpretação em Artes do Espectáculo a umas criaturas semi-analfabetas e profundas ignorantes, quer dos lourinhosaurus, quer de qualquer outra coisa. As palavras, para eles, são umas coisas com sons que vão buscar às cegas ao saco do pouco vocabulário que alguma vez ouviram e poucas vezes entenderam.
Desculpem o desabafo mas considerem-no como uma reflexão sobre o meu estado de realização profissional.
Mas entretanto outros planos teatrais se aproximam.
Contem com uma tournée da peça "A Cova dos Ladrões" (texto de Luís Campião) a partir da estreia a 26 de Março, em Portimão.
Uma história realista e dura sobre a adolescência e a vida conjugal, entre muitas outras coisas como sejam o sexo, etc.
Parabéns a todos nós pelo Blog!
Bjs fofos
estou agostar da evolução do blog. rapidamente nos vamos libertando do passado e passando para o presente, seja isso o que for, porque assim que falamos nele já se tornou passado.
tudo tão absoluto, dizes tu, e tudo tão relativo, depende sempre do ponto de observação e do próprio observador. impermanentes nós próprios, que num dia nos dá para observar de uma maneira e noutro dia de outra. e de noite, então, tudo se torna diferente, porque as sombras podem conter o que quisermos.
O Fuzeta da Ponte já deu sinal de vida! telefonou-me hoje de tarde (quando eu andava nas compras só para matar a neura de não ter amigos aqui em Albufeira com quem possa ir tomar um café só para desanuviar).
Só ontem defendeu a tese de mestrado pelo que estive a insistir para ele vir juntar-se a nós agora que já passou aquele deadline.
Ui, chá príncipe misturado com chá de limão. The most perfect mixture of teas of the nature! No Inverno então! Super fixe, essa mistura com um cheirinho que me parece sempre familiar... Nos Açores habituei-me a beber sempre chá preto, Gorreana, que é excelente. Se não conhecem, hão-de experimentar. Mas de facto aqui há mais alternativas com os sabores da serra. A serra e as plantas aromáticas, acho que é essa combinação que me transmite a tal sensação de familiaridade. Ou se calhar sou eu que estou a divagar e na verdade são mas é vocês que me transmitem a tal familiaridade. Sinto-a convosco, sem dúvida. E o blog, pequena modernice, alimenta-a.
Pois é Paulo, como compreendo o que sentes, relativamente ao ensino e à qualidade dos alunos que nos chegam. Felizmente este ano tenho apenas alunos que me têm feito voltar a sentir prazer em dar-lhes aulas e ser professor deles. Não tenho cursos profissionais. Ouço frequentemente dizer-se que quando se tem apenas alunos bons é fácil dar aulas e que o verdadeiro desafio é pegar em maus alunos e levá-los a ter bons resultados. Enquanto se mantiver essa manipulação subtil mas eficaz das opiniões, parece-me que por mais vezes que mude de escola, em derradeiras tentativas de encontrar nem sei bem o quê que me escapou, profissionalmente, algures no passado, talvez a motivação, a força de lutar contra... continuarei a sentir-me meio insatisfeito e em permanente procura…
Fixe que começaste a apreciar fósseis Meguy. Não fossem eles e continuávamos a pensar que os cães sempre foram cães e que os gatos sempre foram gatos e que o sapiens vulgaris vulgaris sempre foi tal como é hoje. A impermanência como tu dizes, a mutabilidade, a (re)adaptação e o amar de novo… ou o ser-se pessoa, afinal.
Hoje apetecia-me ir beber um copo, com vocês. E abardinar… um bocadinho. Afinal, sermos sempre demasiado sérios tornamo-nos uma seca, mesmo pra nós próprios… já dizia O. Wilde não era?! Hehe :)
eu não percebo! há coisas que têm que mudar! a riqueza dos comentários que aqui a aparecem que no fundo é a "alma" deste blog. são as nossas reflexões,desabafos,memórias, alegrias, tristezas,do passado ou do presente,anseios ou projectos para o futuro, é o nosso dia a dia.Não é um blog de aspirações literárias!! eu proponho que tudo isto devia ir para a frente e não ficar escondido nos comentários não acham? (além disso dá uma trabalhêra ir à procura todos os dias se há algum comentário novo!!)
A questão é que é mais simples deixar comentários do que editar mensagens :) e cada um é que decide o "estatuto" do que lhe apetece escrever no momento...
Viva a trabalheira para quem quiser ser cuscuvilheiro! :)
bjs fofos, são
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