sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Bom Fim de Semana
Bom fim de semana, pessoal.
Vão à praia e cheirem um bocadinho das ondas para depois me contarem, tá!
(a ilustração é de uma senhora espanholita Mónica Carretero , que tem sempre uma que se adequa àquilo que quero exprimir!!)
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
"Socorro!", estou sem computador
Olá, pessoal! Serve este post, escrito num cibercafé, para vos dizer que o meu computas pifou, pelo que estou há 3 dias sem ele e não sei quando o voltarei a ter. Por esse motivo andarei um pouco silencioso neste universo virtual. o técnico insinuou que andava a dar muito uso ao bicho. se calhar é verdade, especialmente no vício de vir aqui todos os dias :)
a propósito, o computas cá do café é macintosh, do qual fui muitos anos um fiel adepto - só tendo tido de mudar para o vulgar PC por causa da quase nula implantação de tão preciosos bichos informáticos no reino dos algarves. mas agora finalmente andem aí.
adeus, lá volto para o reino estranho da casa sem ligação ao mundo da net. e como não sou adepto da tv, não sei que fazer. tenho aproveitado para compor pormenores de decoração da casa, que ainda é relativamente recente na ocupação (2 anos) e que deixei sempre inacabada precisamente para ir decidindo devagar.
quando voltar a ter net, mando-vos umas fotos da casa - e volto a prometer uma festa quando o sol voltar :)
bjs e abraços a todos
a propósito, o computas cá do café é macintosh, do qual fui muitos anos um fiel adepto - só tendo tido de mudar para o vulgar PC por causa da quase nula implantação de tão preciosos bichos informáticos no reino dos algarves. mas agora finalmente andem aí.
adeus, lá volto para o reino estranho da casa sem ligação ao mundo da net. e como não sou adepto da tv, não sei que fazer. tenho aproveitado para compor pormenores de decoração da casa, que ainda é relativamente recente na ocupação (2 anos) e que deixei sempre inacabada precisamente para ir decidindo devagar.
quando voltar a ter net, mando-vos umas fotos da casa - e volto a prometer uma festa quando o sol voltar :)
bjs e abraços a todos
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Intervenção Precoce
Então cá vai disto!
A pedido de várias famílias, vou tentar explicar o que ando a fazer pra ganhar a vida!
Arregaço as mangas, exercito os meus 2 indicadores, brinco com o anel e avanço…
Depois de alguns passeios erráticos por outras áreas da psicologia, umas vezes por gosto e outras sem gosto nenhum, vim parar aqui à APPACDM que é uma Instituição que dá apoio a pessoas com deficiência, essencialmente mental mas também a indivíduos que se perderam plo caminho da vida e/ou outros que nunca o encontraram.
Assim, sou uma espécie de governanta (como aqueles filmes ingleses…) com chave do portão principal e assento à mesa das refeições. E a directora é a patroa !
Estão a acompanhar –me?
Portanto, faço e desfaço, organizo e mando organizar, mexo e remexo, invento e reinvento. Quando são assuntos mais sérios converso com a patroa, quando não são, adiante…
No fundo, o meu trabalho é assegurar-me que todos estão felizes e contentes, criadagem (funcionários) e família (utentes)! pois que a maioria dos nossos utentes são já “cotas” e precisam é de actividades agradáveis, confortáveis e divertidas ( para além das terapêuticas, de formação profissional ou de reabilitação que fazem parte do “pacote de serviços” )
Uma das áreas em faço alguma coisa é a Intervenção Precoce, que como já disse, é a minha área de eleição. Faço parte de uma Equipa de intervenção directa do PIIP (projecto integrado de intervenção precoce) desde 1991.
Este projecto inspirou-se na experiência da I.P. dos nossos amigos “amaricanos” , com os quais tivemos imensa formação específica e dos quais também adaptámos os materiais e metodologias que utilizamos actualmente ( e como os gajos gostam muito do “sol inho” português , volta e meia estão cá a fazer nos mais formação…espertos!!!)
Cada equipa deveria ser transdiciplinar e ser constituída por: uma psicóloga, uma educadora de infância, uma enfermeira, uma médica, uma assistente social - alias é assim que está consagrado na lei!! mas na nossa Equipa somos apenas 2 ( mas como diz a minha colega, somos 4 - eu, a educadora, a educadora e eu - faz 4!!)
O que agente faz ou tentamos fazer: para além do apoio directo às criancinhas pikninas dos 0 aos 3 anos (ou às vezes ficamos com elas até…vir a mulher da fava rica) com aquelas coisas todas de estimulação blá blá blá, que pode ser feito em casa ou na creche, aquilo que é realmente específico e particular deste projecto é o apoio que damos às famílias.
Falamos com elas “como se elas não fossem muito ( nem pouco) burras”, avaliamos os rebentos que nos são encaminhados ou pelas maternidades, hospital pediátrico, centros saúde ou pelos próprios Pais, encaminhamo-las para os serviços que melhor podem dar resposta às diversas patologias, acompanhamo-las às consultas, e traduzimos para português aquilo que os Srs. Dótores médicos e psicólogos lá desbobinaram e que por vezes até nós temos dificuldade em perceber.
Somos nós quem lhes diz que aquilo que os cachopos têm, tem solução ou somos aqueles que lhes diz que as gracinhas dos seus filhos não são propriamente gracinhas mas sim indicadores de que algo não está nada bem.
A intervenção precoce ensina ou dá sugestões aos Pais para fazerem o que devem fazer e explica lhes o porquê da importância das sua acções! É por isso que a nossa filosofia é - “apoio centrado na família” .Sem stress, sem pressão, no dia a dia há coisinhas que fazem toda a diferença como por exemplo não deixar o moçoilo todo o dia enfiado no “ovinho” mas escarrapachá-lo no chão e de barriga para baixo.???? Hum??? Pois! É óbvio não é? Não, não é, às vezes não é!
Para mim é um trabalho muito giro e gratificante,( adoro bebés) mesmo quando somos “porta-voz da desgraça”.Feito “ tal como manda a sapatilha” e com interesse e motivação tem inúmeros benefícios para as crianças e para as Famílias sobretudo no que respeita à sua capacitação enquanto promotores do desenvolvimento dos seus filhos e da mudança das próprias suas famílias.
Não damos dinheiro a ninguém, não damos dinheiro, nem somos Madres Teresas de Calcutá, é uma metodologia de trabalho! Mas ou se têm inclinação para a coisa ou então funciona. Temos de deixar-nos de “peneirices” e curarmo-nos daquilo que chamo o “síndrome do perito” deixando de pensar que só nós é que temos razão, só nós é que sabemos e que tudo tem de ser feito ao nosso gosto e medida, pelos nossos padrões e valores familiares. Nem sempre é fácil, porque se encontramos famílias “assim” também “encontramos” famílias assado ( daquelas que apetece dar palmadas no rabo!
Ainda aí estão??
Escusado será dizer quem são os modelos nas fotos, né???
sábado, 23 de janeiro de 2010
Flash do passado
"Pra variar" aqui vai outro tesourinho deprimente do nosso passado: uma foto tirada numa festa de aniversário na casa do Canas.
Podem reconhecer-se, em cima: a Aida, a Sara (minha primeira namorada), a Leonarda, o Croner, o Guliver, a São e o Nélio. Em baixo estão a Mitó São Brás, a minha prima Margarida, o João Peres ("Puto Babuíno"), a Célia Quintas, o Tó Quintas e o Carlinhos.
Podem reconhecer-se, em cima: a Aida, a Sara (minha primeira namorada), a Leonarda, o Croner, o Guliver, a São e o Nélio. Em baixo estão a Mitó São Brás, a minha prima Margarida, o João Peres ("Puto Babuíno"), a Célia Quintas, o Tó Quintas e o Carlinhos.
os bichos cá de casa
já que estamos numa de bicharada, aqui ficam os bichos cá de casa (tirando os espécimes de homo sapiens)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Percurso de vida II Capítulo
Passam os anos e nós passamos tb. Mais velhos, com outro olhar perante a vida. É assim mesmo, é sinal que ainda por cá andamos.
Hoje vou acrescentar mais alguma coisa á minha história de vida. Conheci o Zé, através do meu irmão, eles estiveram na tropa juntos e o Zé, já não sei bem como nem porquê, foi lá passar uma semana, ou uns dias, após a semana de campo que se segue à violência da recruta. As coisas aconteceram, passado um tempo, graças à insistência do Zé. Para variar eu não fui muito simpática, nunca sou no primeiro contacto, nem no segundo, nem enfim, depende das
pessoas e dos casos, nos seguintes. É uma questão de temperamento, de forma de estar, até de insegurança camuflada, o que lhe queiram chamar.
Namorámos quase quatro anos. O tempo que precisámos para ter as condições para casarmos. Foi na sé de Faro que demos o Sim a uma vida em conjunto , mas não estivémos sós, para além dos convidados, estavam a dizer o sim tb a minha irmã Mipas e o meu actual cunhado Paulo. Foi um casamento diferente, duas irmãs no mesmo dia. Das fotografias que mais gosto, é essa do meu Pai a entrar na igreja com uma filha de cada lado: Quando puder faço um scaner dessa fotografia e publico aqui para vós...está uma delícia, podem crer.
Na nossa lua de mel, andámos por terras do norte. Era o que podíamos ter e foi bem engraçado.
Fiquei grávida da Inês passado pouco tempo, por opção nossa. A Inês nasceu grande, muito grande mesmo, mas de parto natural, 4,50kg e eu estava um monstro de inchada. Podem imaginar .
Os primeiros tempos foram complicados. A Nocas (como eu lhe chamei) dava umas noites muito más. Não gostava de chucha, queria chupar no dedo e não conseguia fazê-lo sózinha como é evidente. Foram noites em que dei por mim a adormecer com a minha filha ao colo...coisas de Mãe.
Passados dois anos nasceu a Maticas (Matilde de seu nome), curiosamente no ano em que decidi tirar a carta e não sabia que estava grávida. Aliás, neste ano houve uma greve dos examinadores e acabei por fazer o exame de condução três semanas antes da maticas nascer (imaginam o meu estado de elegância), sem que me tivessem poupado qualquer coisita. lembro-me que tive que estacionar entre dois carros e imaginem a minha figurinha. com a barriga a bater no volante. Não me pouparam nem uma grama!
A Maticas nasceu em Julho, tal como a irmã (a Maticas a 7 e a Nocas a 17), foi um parto difícil, porque a menina Matilde, que nunca deixou ver as suas partes intimas, e portanto foi até ao fim Matilde ou Martim, decidiu embrulhar-se no cordão umbilical e á última hora, quando o Zé tinha finalmente decidido assistir ao parto, deu um ar da sua graça e teve que nascer de cesariana, por estar já em risco de vida. Foi assim que fui Mãe destas duas garotas, muito giras aos meus olhos... para vos mostrar fotografias destes tempos, tenho que ir vasculhar e scanarizar e neste momento não é possível. Prometo para breve, a minha vida em imagens... este é o segundo capítulo da minha história aqui no blog, mais pormenorizado...
Comentário rápido ao Paulo
Comecei nos comments mas resolvi passar praqui. Como eu estava a dizer , alguns trajectos da tua e da dos outros nossos amigos eu conhecia , outros nem tão pouco. O meu elo de ligação connvosco sempre foi a Leonarda , que eu massacrava durante os 1ºs minutos em que estávamos juntas, a perguntar por este e por aquele. E ela lá me ía contando as coisas. Mas a pura das verdadinhas é que acho que passado a "curiosidade" inicial retomava a minha ocupação de crescer, de fazer a minha vida.a vontade de saber mais e estar connvosco acabava soterrada nas "preocupações " do dia-a-dia!Fazia sempre promessas a mim própria que quando fosse d férias iria ver este e aquele mas ...
Porque não ligámos uns aos outros? Porque não tentámos esta aproximação há mais tempo? Talvez o embararaço de se ter perdido o contacto ou o receio que já não tivessemos conversa uns para os outros...o que conversaremos ao fim de tantos anos??
Agora, algo se desbloqueiou , porque durante este anos todos, como me fez lembrar a a Lena - 30 - que praticamente todos saímos de Faro nunca fizemos muitos movimentos de aproximação grupal.
Tínhamos pouco em comum!!Ou então desconhecíamos se...
Eu , sinceramente "não vos conheço de parte nenhuma"!! Conheço a feliz memória que tenho de todos vós! Conheci os garotos e garotas , que eu adorava e que partilharam comigo a minha infância e juventude(conto imensas histórias de todos nós às minhas filhas, algumas um bocadinho "aligeiradas", Paulo! )
...neste momento... pufff...
agora estou a(re)conhecer-vos ... estou à procura de pontos de identificação , de interesses e prespectivas comuns , no fundo e talvez nós todos estejamos numa fase de "enamoramento" outra vez! Não vos parece? O que acho muito fixe!
Estou a adorar esta experiência!!
Ups,acabou-se-me o tempo.
Bjocas
As minhas várias vidas
Parece-me bem que este blog anda um pouco deprimido/deprimente :)
Assim, para mudar o ambiente, vou eu tentar “apresentar-me” àqueles que comigo menos têm convivido desde os tempos em que me chamavam “Paulo Poeta” e também para os outros que comigo deixaram de conviver depois que me passaram a chamar PP – não de poeta, mas sim de Pescoço – em virtude de uma deformação congénita que me dá esta postura permanentemente erecta :)
Cá vai:
Assim, para mudar o ambiente, vou eu tentar “apresentar-me” àqueles que comigo menos têm convivido desde os tempos em que me chamavam “Paulo Poeta” e também para os outros que comigo deixaram de conviver depois que me passaram a chamar PP – não de poeta, mas sim de Pescoço – em virtude de uma deformação congénita que me dá esta postura permanentemente erecta :)
Cá vai:
Terminado o liceu impunha-se pensar num curso superior e vai daí pensei que a Física Nuclear (!) era uma escolha gira e lá fui (acabando por ser colega do JJ, lembram-se dele?). Contudo, chegado a Lisboa este vosso amigo que até aí era muito certinho abriu os olhos para o mundo e para as gentes e vá de experimentar tudo! Como disse o Nélio, foram “anos de experiências e de testar limites”. Deu-me para começar a experimentar áreas artísticas como a literatura, a pintura e a música, desviando-me cada vez mais das ciências exactas, que como sabem não se fazem “com uma perna às costas”, pelo que comecei a chumbar, coisa que até aí ninguém julgaria que um dia pudesse acontecer ao menino certinho que era eu.
Uma das experiências que tive, unicamente para me desinibir um pouco, foi o teatro, num curso que frequentei com o Nélio e que haveria de vir a mudar a minha vida, sem que eu então disso tivesse consciência, pois que até aí eu não gostava nada de teatro.
Nesse mesmo ambiente “tresloucado” de Lisboa iniciei também a minha vida sexual e finalmente fui obrigado a reconhecer que a minha identidade sexual não era exactamente como vinha nos manuais sobre o assunto… Posto isto “soltei a franga” (sem muitas plumas) e vá de curtir até que… fiquei (muito) doente com uma hepatite B, e tive de voltar a casa dos pais onde fiquei acamado durante um ano. À minha volta as gentes olhavam para mim como se eu, então com 26 anos, tivesse os dias contados e eu mesmo acreditei que não ia chegar aos 30. Já com a sintomatologia quase desaparecida e farto de estar à espera da morte (não estou a exagerar) decidi-me então sair para a rua e tentar viver o que me restava. Fui então dar aulas e viver em Olhão durante um ano.
Tendo-me consciencializado de que a minha licenciatura incompleta em Ensino de Física (havia entretanto mudado ligeiramente de área) não me daria um grande futuro na carreira docente pensei então em voltar a estudar para acabar o curso, só que a grande Lisboa (que eu havia adorado, como o Nélio) já não me seduzia com o seu stress, que não seria indicado para a minha condição clínica de “ainda convalescente crónico”. De uma conversa com a Pino (que se havia tornado a mulher do Nélio) surgiu então a ideia de ir acabar o curso em Aveiro (cuja geografia é, de facto, muito parecida com a de Faro – embora o frio e o vento…).
Nessa linda cidade voltei então aos estudos, já não como estudante cabulante, mas sim como um adulto consciente e lá consegui acabar a Licenciatura em Ensino de Física e Química… 12 anos depois de a ter iniciado em Lisboa! (Não digam isto aos vossos filhos!) Dito isto gosto também de dizer que, para me redimir, já fiz entretanto dois Mestrados (sendo que no 2º não me dei ao trabalho de fazer a tese). Sendo eu professor vê-se assim que sou um “profissional” do sistema educativo :) não tendo saído da escola desde os 5 anos.
Em Aveiro envolvi-me no meio académico e fiz uma certa carreira como cantautor, sendo que uma das minhas músicas - “Barco de Aveiro” - acabou por se tornar (desculpem a imodéstia, mas é verdade) num hino da Universidade sendo inclusivamente executado – fiquei há pouco tempo a saber – nas cerimónias de entrega de diplomas (!). Quem quiser pode ouvir a música no YouTube escrevendo “Se eu fosse um barco de Aveiro”, quer interpretada por mim, quer interpretada por tunas universitárias. E chega de música, pois assim que voltei para o Algarve fechei (nem sei bem porquê) essa minha “carreira”.
Nessa mesma cidade voltei ao teatro (pela mão do Nélio, diga-se) e desde aí nunca mais larguei essa área que nos últimos anos se tornou a principal (em detrimento da Física e Química).
Terminado o curso, fiquei ainda uns anos em Aveiro tendo começado uma relação conjugal de 7 anos com uma pessoa que alguns de vós conhecem – só que nessa altura o casamento gay ainda não era legal :)
Entretanto Aveiro esgotara o seu interesse e pensei(pensámos) ir para… Macau – então à beira de passar para o controlo chinês. Só que a coisa não se concretizou e, quando dei por mim, em vez de ir para o outro lado do mundo, estava perto de casa, em Albufeira. Lá regressei, um pouco contrariado, ao Algarve e… já cá estou à 14 anos (que não me engano nas contas). Na verdade este clima não tem igual nesta parte do mundo e até se tem uma qualidade de vida superior à de uma grande cidade.
Entretanto “divorciei-me” e nos últimos 5 anos (mais coisa menos coisa) arranjei uma namorada, a Isabel, com quem conto partilhar os netos (ela tem dois filhos) e a terceira idade (cruzes canhoto!) que já ronda à distância.
A nível profissional sou actualmente professor de teatro na Esc. Sec. de Albufeira (da qual já faço parte da mobília) e trabalho também com a ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve), na maior parte das vezes como encenador.
E pronto! Assim sou eu, sempre oscilando entre interesses variados, como uma espécie de Fernando Pessoa – perdoe-se-me a comparação – com os seus múltiplos e antagónicos heterónimos – mas “uno na multiplicidade”.
(Como diz o Woody Allen, “uma vida sem amigos é como usar umas cuecas sem elástico”, motivo pelo qual aqui me expus.)
Beijos e abraços a todos
Em Aveiro envolvi-me no meio académico e fiz uma certa carreira como cantautor, sendo que uma das minhas músicas - “Barco de Aveiro” - acabou por se tornar (desculpem a imodéstia, mas é verdade) num hino da Universidade sendo inclusivamente executado – fiquei há pouco tempo a saber – nas cerimónias de entrega de diplomas (!). Quem quiser pode ouvir a música no YouTube escrevendo “Se eu fosse um barco de Aveiro”, quer interpretada por mim, quer interpretada por tunas universitárias. E chega de música, pois assim que voltei para o Algarve fechei (nem sei bem porquê) essa minha “carreira”.
Nessa mesma cidade voltei ao teatro (pela mão do Nélio, diga-se) e desde aí nunca mais larguei essa área que nos últimos anos se tornou a principal (em detrimento da Física e Química).
Terminado o curso, fiquei ainda uns anos em Aveiro tendo começado uma relação conjugal de 7 anos com uma pessoa que alguns de vós conhecem – só que nessa altura o casamento gay ainda não era legal :)
Entretanto Aveiro esgotara o seu interesse e pensei(pensámos) ir para… Macau – então à beira de passar para o controlo chinês. Só que a coisa não se concretizou e, quando dei por mim, em vez de ir para o outro lado do mundo, estava perto de casa, em Albufeira. Lá regressei, um pouco contrariado, ao Algarve e… já cá estou à 14 anos (que não me engano nas contas). Na verdade este clima não tem igual nesta parte do mundo e até se tem uma qualidade de vida superior à de uma grande cidade.
Entretanto “divorciei-me” e nos últimos 5 anos (mais coisa menos coisa) arranjei uma namorada, a Isabel, com quem conto partilhar os netos (ela tem dois filhos) e a terceira idade (cruzes canhoto!) que já ronda à distância.
A nível profissional sou actualmente professor de teatro na Esc. Sec. de Albufeira (da qual já faço parte da mobília) e trabalho também com a ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve), na maior parte das vezes como encenador.
E pronto! Assim sou eu, sempre oscilando entre interesses variados, como uma espécie de Fernando Pessoa – perdoe-se-me a comparação – com os seus múltiplos e antagónicos heterónimos – mas “uno na multiplicidade”.
(Como diz o Woody Allen, “uma vida sem amigos é como usar umas cuecas sem elástico”, motivo pelo qual aqui me expus.)
Beijos e abraços a todos
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Se calhar as nossas psicólogas da Mixta, têm que começar a dar umas consultas gratuitas, para ver se saímos deste estado de neura. Será do tempo atmosférico, da idade avançada, ou nostalgia da juventude agora bem presente neste blog? Se calhar é apenas uma neura do momento e consequência das atribulações da vida de cada um de nós. Elas talvez tenham uma explicação...por mim acho que é um acumular de situações.
Para as "xócas" e pastosas
Vão ver o último post do meu blog.
www.aventurasfamilia.blogspot.com
Animai-vos!!!
www.aventurasfamilia.blogspot.com
Animai-vos!!!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
O tempo continua morno, pastoso e chato. E eu estou como o tempo, neura, pastosa e chata.
Não choveu durante o dia mas a chuva reapareceu à noitinha. Sai 5 minutos mais cedo, do que o habitual, o que foi suficiente para apanhar os transportes todos de seguida e chegar a casa mais cedo. Até há dois anos atrás levava o carro para Lisboa diariamente. Enfrentava as filas da manhã e as da tarde. entretanto as filhotas sairam dos salesianos em Lisboa, a Inês veio para a Escola Secundária de Oeiras e a Matilde para Miraflores (o sítio mais proximo onde havia o curso profissional de técnico psicosocial que ela queria) e eu e o Zé passámos a andar de comboio. Mais rápido e menos stressante. Dá para ler, quando o sono não espreita, o que nestes últimos tempos tem sido frequente. Entretanto a Nocas (Inês) tirou a carta e obviamente apropriou-se do carro da Mãe. Agora é a Matilde que está a tirar a carta e vai ficar com o carro que era da minha sogra, que apesar de velhote e sem direcção assistida, anda, e para desemburrar nada melhor. O Zé e eu dividimos a carrinha. Os Pais são assim, dividem!
O trabalho está uma neura.
Ningém dá directrizes. Aguardam as mudanças.
Decidi avançar com as propostas que tinha feito para 2010, sem saber muito bem, se vão ser aceites. Tenho vindo a desenvolvê-las, para estar ocupada, senão avançarem ficam em standy, até ver.
Este tempo tem sido desgastante, física e psicológicamente - Sabemos que vai haver grandes mudanças, mas nunca mais nos dizem quais. Correm boatos e os boatos são terríveis sempre. Provavelmente vamos mudar de departamento e de instalações ((para mais longe ainda). Ningém sabe nada.
Sou apressada, por natureza, e este compasso de espera está a dar comigo em doida...
É noite, está escuro e chove.
Amanhã avizinha-se um dia em tudo igual, chuva, temperatura pastosa e neura.
Nunca mais vem o sol e o frio... ou então as férias, para rumar até Vilamoura City e ficar a "curtir a noite e o jardim" e a família também...
bjnhs e durmam bem
domingo, 17 de janeiro de 2010
Mantinhas, sonecas e panquecas
Tenho tantas coisas que gostaria de partilhar convosco,tantas coisas para contar, tantas ideias sobre isto e aquilo , tantos pensamentos que passam rápido...rápido demais para os meus dois dedos escritores!
Por onde começo??? Olha vou-vos contar o meu fim de semana.
Não é bem um fds típico porque saí de casa no domingo e como sabem DETESTO de sair ao domingo! É o meu dia Zen , é o meu dia de reorganização física e psicológica. Mas hoje a nossa artista tinha uma actuação em Penacova juntamente com mais 3 coros! A nossa pequena artista é cantora!Até já participou numa Ópera...(baba a escorrer) e assim lá fomos nós!
No sábado para além dos afazeres domésticos habituais , e da vida de motorista habitual para as cachopas, fui ao cinema à sessão das 17.20 ( é a minha hora preferida de cinema porque não é cedo que estrague a tarde e não é tarde que me dê sono. Além disso, confesso o fim da tarde é a minha "momento neurótico " por isso se estiver entretida , tanto melhor!
Rebobina, São...
Fui eu, a minha filhota Ana Filipa e os Amigos-Famíla, a Ana e o António (vou apresentando porque irei falando deles sempre)que são os Padrinhos da Filipa, mais a Paula que é mulher do Rui que é nosso Padrinho de casamento, mais o Tomás, que é o sobrinho da Meguy e uma amiga, a Eva.Quer dizer o Tomás como é seu apanágio chegou já o filme ía... já o rapaz tinha beijado a rapariga , já ... enfim ...
Fomos ver "Nine" o musical que está aí na berra agora! Foi...interessante no que respeita à realização , música ...mas parece que falta qualquer coisa para ser um grande filme! Acho que o argumento não me agarrou! Mas recomendo porque é um momento agrádavel e deve ser visto no cinema e não em casa.
Bem depois, e agora? Temos fome! Também como é hábito , em minutos se inventa uma refeição. Uns foram comprar frangos, outros bebidas e eu vim para casa fazer arroz e pôr florinhas na mesa. Tá feito!
Aconchegámos-nos como pudemos todos na cozinha e papámos o bicho!
Quando eu e a Aninhas nos estávamos afofar no sofá , com mantinha e tudo,começam o Tomás e a amiga cos formiguieros de gente nova! "Agora calhava bem era um joguinho de Trivial... vá lá ...isto acaba rápido...vou buscar ? Vou ?Insistia o Tomás!! pareciam os putos a desafiar os crescidos pra ir jogar á bola!
ui , há tanto tempo que não fazíamos uma jogatana dessas! Ok , bora nessa!
E assim foi! O António ensonado arrebitou, a Xana divertiu-se a jogar um jogo de crescidos, O Alex que tava armado em esquisito mas também com vontade de jogar veio pra mesa! O jogo terminou lá para 1.30h para nós (O tomás e amiga tiveram que sair meia hora mais cedo para casa de uns amigos a quem tinham prometido chegar depois do jantar para jogar poker com eles!!!)
Ah, e eu e a minha parceira - A ANA ganhámos!!!
E assim são os nossos programas!
É assim cá em casa! E na casa dos meus Amigos também. Estarmos juntos chega-nos.
As toilettes habitualmente são "fínissimas".- pijamas, roupões, fatos de treino sovados e meias grossas ou pé descalços no chão.. Jantamos muitas vezes chá e torradas,panquecas, improvisamos outras tantas vezes receitas tolas...uns conversam sobre automóveis, outras enrolam-se nas mantinhas no sofá e até a Ana Filipa e o Francisco ( filho da Ana que tem uma diferença de idade da minha filha de uma semana!!) gostam de se enrolar na dita cuja pra ver uns filmezitos connosco.
Até parece que a minha casa é fria! Não é ! Mas debaixo de uma mantinha está-se muito melhor!
. O menino Toninho gosta de fazer umas sonecas no meu cadeirão.
A Paula também lá passa plas brazasAh e o Kim também!
Como sair de Coimbra? Como deixar esta minha família?
sábado, 16 de janeiro de 2010
O meu diário
Lendo os comentários e os vossos ultimos escritos...tenho uma certa inveja dos diários do pp. Confesso! Fui no outro dia dar mais uma volta pelos meus diários dessa altura e...que coisa de gaja-moça! As tricas entre as gajas, que gosta que não fala comigo, que não sei o que eu disse que foi dizer à outra que não estava à espera e me chamou não sei o quê e que infeliz me sinto porque não tenho amigas de verdade, que gosto mesmo é dos moços que são verdadeiros e se pode confiar...mas depois o diário é todo à volta das tricas...e sempre em torno do tema "eles", os homens...não me apetece partilhar nada disso convosco. Primeiro tenho que fazer as pazes com essa verborreia de tricas e trecas para o poder partilhar convosco. Os dias bons - em que ele olhou para mim...- já parecem mais passiveis de trazer aqui...enfim, gosto mesmo de ter crescido...e de ter um rapaz para me ensinar outras coisas dos rapazes adolescentes! Sabem que há uma oração dos judeus ortodoxos que agradece a Deus "não me ter feito mulher"? Eu não rezo isso não senhor, mas olhem que os diários dos 12 anos das moças mostram bem que nós nessa altura damos um salto muito grande (hormonas?) e que os QI e QE não acompanham de imediato...sei lá eu. Ao mesmo tempo compreendo que é a partir dessas interacções que as moças vão desenvolvendo a prática de falar das emoções e dos sentimentos e de se questionarem nesses campos mais emocionais enquanto os moços fazem clubes, grupos de música ou de jogar xadrês...depois um dia encontram-se e é a partir da partilha destes dois percursos que poderão encontrar uma plataforma de entendimento, não? O Fánecas, por exemplo andava a fisgada das moças da praceta - o que para elas, para nós, era um terror - e agora é bom moço e quem olha para ele nunca dirá que ele fez isso. As voltas que nós damos, as voltas que o Universo dá...
By the way: O professor Palaré está bom e recomenda-se. O nosso professor de Ciências do ambiente...gostei de vê-lo, apesar do Parkinson, que me pareceu muito mais controlado, está bué de lúcido e tem uma memória porreira, quase o convidei para o blog!
By the way 2: A Migó manda abraços...Ainda não foi ao blog e diz que sabe da existência. Está num período mais duro da vida: hiper ocupada não tem tempo nem para ela. Vamos ver se a Primavera lhe dá tempo para se aproximar daqui. Vai precisar de uma aulinha...
m
as etiquetas
breve nota, só para explicar para que servem as etiquetas nos posts: servem para daqui a uns tempos, quando este blog tiver muitos mais posts, podermos ver todos os posts sobre um determinado tema. na barra lateral, à direita, existe uma zona em que estão as etiquetas que foram atribuídas aos posts. se clicarmos em cima de uma delas, temos acesso a todos os posts que foram marcados com essa etiqueta, e só a esses. também conseguimos o mesmo se clicarmos nas etiquetas no fim de cada post. para atribuirmos etiquetas a um post, quando o estamos a escrever, ou se o editarmos, existe uma janelinha em baixo para as colocarmos, que tem um botão à direita que diz mostrar tudo. se carregarmos nele, aparecem todas as etiquetas que já foram atribuídas e é só seleccionarmos as que queremos para esse post. se não existir a etiqueta que queremos, podemos escrevê-la na janela, que ela é automaticamente criada.
um título qualquer
bem, então lá vai: uma tentativa de resumir o meu percurso de vida, ao sabor do teclado e do fluir das palavras.
tirei o curso de medicina em lisboa. não que eu quisesse muito ser médico, mas pareceu-me o melhor percurso de entre os disponíveis quando acabei o liceu. em lisboa, ao fim de pouco tempo, sentia-me lisboeta e, muito sinceramente, não pensava em regressar a faro. crescemos muito nestes anos da universidade, e são anos de experiências e de testar limites. pelo menos para mim foram. o curso, era uma coisa que eu ia fazendo enquanto descobria os lados mais luminosos e os mais negros da vida em liberdade, fora da casa dos pais. as noites lisboetas têm muitos 'perigos' e eu deixei-me fascinar por todos eles. queria ser artista, sempre quis ser músico, fiz teatro (eu e o paulo, com quem solidifiquei a amizade que levávamos de faro, fizemos juntos um curso ao longo de um ano, ele depois seguiu esse caminho), deambulei pela cidade com grupos de pessoas que pintavam, que escreviam, que faziam teatro. até que rapei o fundo ao tacho e muito daquilo deixou de fazer sentido. entretanto tinha-me apaixonado por uma jovem estudante de matemática em aveiro, que também era cá de faro embora só tivesse vindo para cá aos 15 anos e que muitos de vocês conhecem, e nos últimos tempos do curso já tinha marcado como próxima etapa ir para aveiro, viver uma vida a dois. casei-me com ela mesmo no final do meu curso e mudei-me de armas e bagagens para outra ria.
em aveiro fiz o meu estágio como médico e tirei a especialidade de patologia clínica (que é como quem diz medicina laboratorial) e nasceu o meu primeiro filho. fiz muitos bons amigos e envolvi-me com a comunidade universitária a que pertencia a minha mulher. voltei a fazer teatro com o grupo de teatro da universidade, iniciei-me na fotografia, continuei a fazer música. durante a especialidade fiz também estágios em coimbra e no porto, o que me levou a conhecer bastante bem estas cidades, e descobri que ser português tem no norte uma dimensão diferente da que tem no sul. descobri o paraíso do gerês, de que tenho imensas saudades, e o cheiro da terra húmida que não existe cá no algarve, nem em monchique. tornei-me aveirense, e nunca teria de lá saido se tivesse lá tido vaga no hospital. não tive e naqueles anos, ao fim de 6 meses de acabarmos a especialidade éramos desvinculados. quis o destino que de entre os hospitais que tinham vagas para patologistas clínicos, o de faro fosse aquele que me dava melhores perspectivas profissionais, as outras hipóteses eram torres novas e caldas da raínha. foi por isso que regressei a faro, não sem alguma relutância. tinha a sensação de que eu mudara muito mais do que a cidade, que eu já não era quem de cá tinha saído 12 anos antes.
e fui ficando, embora de vez em quando me dê novamente vontade de partir. em faro nasceu a minha filha, cimentámos, eu e a minha mulher, as nossas vidas profissionais, reaprendemos a conviver com a cidade e com as nossa famílias. os nosso filhos cresceram e decidimos ter mais um filho. nasceu o nosso segundo filho, com alguns problemas causados com por uma infecção que a minha mulher teve durante a gravidez. é surdo, tem paralisia cerebral e epilepsia. é fácil compreender que este foi um acontecimento que tranformou a nossa vida familiar e nos transformou a nós enquanto pessoas. os primeiros tempos foram muito difíceis, mas a vida tem o dom de continuar sempre em frente e hoje em dia comunicamos com ele em língua gestual, a epilepsia está razoavelmente bem controlada com medicamentos e ganhou a sua independência física, começou a andar aos 7 anos.
entretanto abandonei a música, deixei de tocar e compor e dediquei-me à fotografia, uma maneira diferente de comunicar e partilhar com os outros através da estética. ao longo dos anos tornei-me também um leitor compulsivo, da banda desenhada (uma paixão que nasceu em faro, quando comprava a revista tintin) aos romances e ensaios, leio de tudo, há sempre uma pilha de livras em cima da minha mesa de cabeceira a aguardar vez. cada vez vejo menos televisão e gosto mais da internet, pois sou menos manipulado pela máquina trucidante da publicidade e da lavagem cerebral normalizadora da sociedade.
cá em casa agora somos sete (quatro humanos, dois cães e um gato), por vezes oito, quando o mais velho vem de férias ou de fim-de-semana. os dias são gastos entre o trabalho e a família, os hobbies e as tarefas do dia-a-dia. continuo a gostar de viver e de experimentar tudo o que a vida tem para nos oferecer, o lado luminoso, mas também o lado negro, onde por vezes aprendemos muito, como dizem os anglossaxónicos: the whole picture.
tirei o curso de medicina em lisboa. não que eu quisesse muito ser médico, mas pareceu-me o melhor percurso de entre os disponíveis quando acabei o liceu. em lisboa, ao fim de pouco tempo, sentia-me lisboeta e, muito sinceramente, não pensava em regressar a faro. crescemos muito nestes anos da universidade, e são anos de experiências e de testar limites. pelo menos para mim foram. o curso, era uma coisa que eu ia fazendo enquanto descobria os lados mais luminosos e os mais negros da vida em liberdade, fora da casa dos pais. as noites lisboetas têm muitos 'perigos' e eu deixei-me fascinar por todos eles. queria ser artista, sempre quis ser músico, fiz teatro (eu e o paulo, com quem solidifiquei a amizade que levávamos de faro, fizemos juntos um curso ao longo de um ano, ele depois seguiu esse caminho), deambulei pela cidade com grupos de pessoas que pintavam, que escreviam, que faziam teatro. até que rapei o fundo ao tacho e muito daquilo deixou de fazer sentido. entretanto tinha-me apaixonado por uma jovem estudante de matemática em aveiro, que também era cá de faro embora só tivesse vindo para cá aos 15 anos e que muitos de vocês conhecem, e nos últimos tempos do curso já tinha marcado como próxima etapa ir para aveiro, viver uma vida a dois. casei-me com ela mesmo no final do meu curso e mudei-me de armas e bagagens para outra ria.
em aveiro fiz o meu estágio como médico e tirei a especialidade de patologia clínica (que é como quem diz medicina laboratorial) e nasceu o meu primeiro filho. fiz muitos bons amigos e envolvi-me com a comunidade universitária a que pertencia a minha mulher. voltei a fazer teatro com o grupo de teatro da universidade, iniciei-me na fotografia, continuei a fazer música. durante a especialidade fiz também estágios em coimbra e no porto, o que me levou a conhecer bastante bem estas cidades, e descobri que ser português tem no norte uma dimensão diferente da que tem no sul. descobri o paraíso do gerês, de que tenho imensas saudades, e o cheiro da terra húmida que não existe cá no algarve, nem em monchique. tornei-me aveirense, e nunca teria de lá saido se tivesse lá tido vaga no hospital. não tive e naqueles anos, ao fim de 6 meses de acabarmos a especialidade éramos desvinculados. quis o destino que de entre os hospitais que tinham vagas para patologistas clínicos, o de faro fosse aquele que me dava melhores perspectivas profissionais, as outras hipóteses eram torres novas e caldas da raínha. foi por isso que regressei a faro, não sem alguma relutância. tinha a sensação de que eu mudara muito mais do que a cidade, que eu já não era quem de cá tinha saído 12 anos antes.
e fui ficando, embora de vez em quando me dê novamente vontade de partir. em faro nasceu a minha filha, cimentámos, eu e a minha mulher, as nossas vidas profissionais, reaprendemos a conviver com a cidade e com as nossa famílias. os nosso filhos cresceram e decidimos ter mais um filho. nasceu o nosso segundo filho, com alguns problemas causados com por uma infecção que a minha mulher teve durante a gravidez. é surdo, tem paralisia cerebral e epilepsia. é fácil compreender que este foi um acontecimento que tranformou a nossa vida familiar e nos transformou a nós enquanto pessoas. os primeiros tempos foram muito difíceis, mas a vida tem o dom de continuar sempre em frente e hoje em dia comunicamos com ele em língua gestual, a epilepsia está razoavelmente bem controlada com medicamentos e ganhou a sua independência física, começou a andar aos 7 anos.
entretanto abandonei a música, deixei de tocar e compor e dediquei-me à fotografia, uma maneira diferente de comunicar e partilhar com os outros através da estética. ao longo dos anos tornei-me também um leitor compulsivo, da banda desenhada (uma paixão que nasceu em faro, quando comprava a revista tintin) aos romances e ensaios, leio de tudo, há sempre uma pilha de livras em cima da minha mesa de cabeceira a aguardar vez. cada vez vejo menos televisão e gosto mais da internet, pois sou menos manipulado pela máquina trucidante da publicidade e da lavagem cerebral normalizadora da sociedade.
cá em casa agora somos sete (quatro humanos, dois cães e um gato), por vezes oito, quando o mais velho vem de férias ou de fim-de-semana. os dias são gastos entre o trabalho e a família, os hobbies e as tarefas do dia-a-dia. continuo a gostar de viver e de experimentar tudo o que a vida tem para nos oferecer, o lado luminoso, mas também o lado negro, onde por vezes aprendemos muito, como dizem os anglossaxónicos: the whole picture.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Excertos do Diário do PP - Série IV (memórias da Turma 27)
Caros amigos:
Aqui vos deixo o último excerto oficial do meu Diário relativo ao pessoal da Turma 27. Trata-se de um texto incompleto, escrito numa folha solta (guardada no dito Diário) em que, algures no tempo, iniciei uma memória das minhas recordações relativas ao universo de pessoas dessa famigerada turma. Importa salientar que esta turma teve um significado muito importante para mim pois tratou-se do início da minha permanência numa localidade por mais de um ano ou dois, como até aí era a minha vida (por força da carreira militar do meu pai - então em tempo de Guerra Colonial).
Até ao momento em que vos conheci, a minha vida era marcada pela dificuldade (ou quase impossibilidade) de manter relações de amizade com outras crianças, pois estava sempre a mudar para sítios muito distantes: Guiné-Bissau e Angola (tendo mesmo nascido virado para outro oceano, que não o Atlântico, na índica costa de Moçambique).
Assim, o ano de 1973 marcou o início de um período de permanência numa cidade (Faro) durante 6 anos (até à ida para Lisboa) coisa inaudita na minha, então, curta vida.
E chega de palavras agora. Deixo-vos a tal "Memória da Turma 27" que nunca cheguei a completar.
Texto, não datado (e escrito em data incerta):
Deve ter sido por volta de Setembro de 73 que pela primeira vez tomei contacto com a malta da turma 27, a que (estranhamente) pertenci no 2º ano do Ciclo.
O meu pai havia pedido ao Nuno [Humberto] que me apresentasse alguém da turma, para não me sentir muito desambientado [pois eu vinha de uma escola de Olhão], o que aconteceu por intermédio do Nélio.
Considero estranha a minha entrada para essa turma porque no 1º ano ela tinha funcionado como a única turma mista de todo o ciclo, e ser uma turma de bom nível escolar, além de ser a “turma da filha da Sra. Directora” [a Teresa Laranjo]…
Não me lembro do primeiro dia de aulas, mas a mais remota recordação desses dias foi uma visita que eu e o Canas fizemos à casa do Nélio. Este tinha adquirido recentemente um aquário redondo com peixinhos (daquele tipo de aquários que aparecem nas histórias para criancinhas). E, para nos mostrar como ele lidava bem com o seu novo brinquedo, resolveu ir mudar a água aos pobres peixinhos. Na realidade a sua azelhice deu para deixar cair o aquário no bidé e parti-lo em mil bocadinhos… Fiquei aterrorizado pois não queria assistir a discussões familiares (o que sempre me afligiu) e por isso resolvi raspar-me o mais depressa possível. Enfim, eu era muito tímido e a intensidade desse terror foi tão grande que nunca mais me esqueci desse banal incidente.
De todas as amizades que fiz nessa turma, a que mais tempo durou foi a que se estabeleceu entre mim e o Luís Barradas. Nesse tempo ele dava-se muito com o Carlos Fuzeta da Ponte, que morava ao pé do Liceu. Ainda cheguei a ir a casa dele mas, infelizmente, a meio do ano ele teve de se mudar para Lisboa.
Se a memória não me engana, foi também na Turma 27 que pela primeira vez tive uma paixoneta de adolescente. Foi pela Paula Patrício, que digam o que disserem, era muito girinha. Enfim, paixão que não durou muito tempo. Só o Canas, com os seus apartes inconvenientes, é que ainda hoje faz reviver essa criancice. E para cúmulo, fá-lo na presença dela.
Pelo Cannas (com 2 n, como mais tarde compreenderão porquê) criei também uma grande amizade, e era no seu quintal que reuníamos o nossos clube. Esse Clube (claramente influenciado por Enid Blyton, como já irão perceber) chamava-se “The Secret Five”, pois dele faziam parte o Canas, o Nélio, o Luís Rocha, o Barradas e eu.
(Canas, Rocha e Nélio, numa foto de 1973/74 tirada em casa da Teresa L. numa Visita de Estudo)
Aqui vos deixo o último excerto oficial do meu Diário relativo ao pessoal da Turma 27. Trata-se de um texto incompleto, escrito numa folha solta (guardada no dito Diário) em que, algures no tempo, iniciei uma memória das minhas recordações relativas ao universo de pessoas dessa famigerada turma. Importa salientar que esta turma teve um significado muito importante para mim pois tratou-se do início da minha permanência numa localidade por mais de um ano ou dois, como até aí era a minha vida (por força da carreira militar do meu pai - então em tempo de Guerra Colonial).
Até ao momento em que vos conheci, a minha vida era marcada pela dificuldade (ou quase impossibilidade) de manter relações de amizade com outras crianças, pois estava sempre a mudar para sítios muito distantes: Guiné-Bissau e Angola (tendo mesmo nascido virado para outro oceano, que não o Atlântico, na índica costa de Moçambique).
Assim, o ano de 1973 marcou o início de um período de permanência numa cidade (Faro) durante 6 anos (até à ida para Lisboa) coisa inaudita na minha, então, curta vida.
E chega de palavras agora. Deixo-vos a tal "Memória da Turma 27" que nunca cheguei a completar.
Texto, não datado (e escrito em data incerta):
Deve ter sido por volta de Setembro de 73 que pela primeira vez tomei contacto com a malta da turma 27, a que (estranhamente) pertenci no 2º ano do Ciclo.
O meu pai havia pedido ao Nuno [Humberto] que me apresentasse alguém da turma, para não me sentir muito desambientado [pois eu vinha de uma escola de Olhão], o que aconteceu por intermédio do Nélio.
Considero estranha a minha entrada para essa turma porque no 1º ano ela tinha funcionado como a única turma mista de todo o ciclo, e ser uma turma de bom nível escolar, além de ser a “turma da filha da Sra. Directora” [a Teresa Laranjo]…
Não me lembro do primeiro dia de aulas, mas a mais remota recordação desses dias foi uma visita que eu e o Canas fizemos à casa do Nélio. Este tinha adquirido recentemente um aquário redondo com peixinhos (daquele tipo de aquários que aparecem nas histórias para criancinhas). E, para nos mostrar como ele lidava bem com o seu novo brinquedo, resolveu ir mudar a água aos pobres peixinhos. Na realidade a sua azelhice deu para deixar cair o aquário no bidé e parti-lo em mil bocadinhos… Fiquei aterrorizado pois não queria assistir a discussões familiares (o que sempre me afligiu) e por isso resolvi raspar-me o mais depressa possível. Enfim, eu era muito tímido e a intensidade desse terror foi tão grande que nunca mais me esqueci desse banal incidente.
De todas as amizades que fiz nessa turma, a que mais tempo durou foi a que se estabeleceu entre mim e o Luís Barradas. Nesse tempo ele dava-se muito com o Carlos Fuzeta da Ponte, que morava ao pé do Liceu. Ainda cheguei a ir a casa dele mas, infelizmente, a meio do ano ele teve de se mudar para Lisboa.
Se a memória não me engana, foi também na Turma 27 que pela primeira vez tive uma paixoneta de adolescente. Foi pela Paula Patrício, que digam o que disserem, era muito girinha. Enfim, paixão que não durou muito tempo. Só o Canas, com os seus apartes inconvenientes, é que ainda hoje faz reviver essa criancice. E para cúmulo, fá-lo na presença dela.
Pelo Cannas (com 2 n, como mais tarde compreenderão porquê) criei também uma grande amizade, e era no seu quintal que reuníamos o nossos clube. Esse Clube (claramente influenciado por Enid Blyton, como já irão perceber) chamava-se “The Secret Five”, pois dele faziam parte o Canas, o Nélio, o Luís Rocha, o Barradas e eu.
(Canas, Rocha e Nélio, numa foto de 1973/74 tirada em casa da Teresa L. numa Visita de Estudo)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Enquanto não faço as malas para as Ilhas Gregas...
Como sabem , ou se não sabem ficam a saber , uma das áreas em que trabalho
( a minha preferida) é a Intervenção Precoce, i.é , com criancinhas dos 0 aos 3 anos.O que me leva a mim e à minha colega às vezes por caminhos que nem vos digo nem vos conto!! Aliás , mostro-vos!
Assim e enquanto não chega a vez de eu fazer as malas para ir para as ilhas gregas vou fazendo uns passeiositos pela Serra de Jeneanes, que fica para lá pra trás do sol posto!
Vejam por onde andei hoje!
E agora prometo que me calo e não escrevo mais nada, para vos dar a vez!
Até ...não resistir mais...
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
A cota ca perdigota
Um sinal de vida... apesar de breve :)
Meus queridos amigos, um alô breve só para dizer que continuo por aqui, que todos os dias tenho vindo ler-vos no blog mas tenho andado tão cheio de trabalho, numa correria tão doida que... pronto, não tem dado para vou dizer nada. Mas todos os dias penso em nós todos! Neste último fim de semana fui para Alcoutim, pa desopilar dos ares citadinos e foi mt fixe. Ia gelando mas, pelo que vi, nos poucos momentos em que não choveu, a serra está lindíssima, verde, com ribeiras cheias de água. Vi veados, coisa que nunca tinha visto por lá, em estado selvagem. Passei imenso tempo de volta da lareira, a não deixar o fogo apagar-se, completamente enfiado nas peúgas de lã da Ti Senhorinha, com temperaturas de -1ºC a partir da meia-noite. E pronto meus queridos, tenho que ir... Quis só dar-vos um grande, grande abraço a todos, daqueles abrações enormes, esfrangalhadores, do tamanho do mundo. Beijos, beijos, beijos
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
em memória
Hoje vou-vos falar de uma pessoa que não conhecem. Falo-vos da Cristina, uma colega e amiga minha, que entrou para a CML, no mesmo ano que eu, 1989, com uma diferença de meses, que trabalhou comigo muitos anos, até que no ano passado, Março propriamente, após uma operação à garganta e nariz, teve uma embolia pulmonar, e desapareceu assim do nada.
A Cristina era a boa disposição em pessoa
Ria-se das desgraças que lhe aconteciam (passava a vida a cair, porque andava sempre a correr e era gordinha, para além de juntar os joelhos).
Chegava à Direcção muito cedo, tal como eu, e diariamente punhamos a escrita em dia, antes de todos os outros aparecerem.
Entendíamo-nos muito bem. Ás vezes não era necessário falar, bastava que olhássemos uma para a outra para percebermos o que se passava.
Ao contrário de mim a Cristina dava umas gargalhadas que se ouviam no piso inteiro, enquanto eu, como ela costumava dizer, me ria atrás do computador sem que alguém desse por isso.
A Cristina desapareceu, aos 44 anos, e ainda hoje, passado quase um ano a sua ausência é-me extraordinariamente dolorosa. Sinto a falta da sua boa disposição (às vezes apenas aparente), das nossas conversas de início de dia, das suas gargalhadas. Sinto falta até das suas confusões com os números, que me obrigavam a rever tudo, porque ela sistematicamente se enganava.
Curiosamente, hoje percebo, que a Cristina era das pessoas com quem melhor me entendia e diariamente quando chego à Direcção, olho para o lugar que ela ocupava, hoje ocupado por outra pessoa, e tenho uma enorme saudade...
A sua partida inesperada, deixou-nos mais pobres e sobretudo deixou-me mais vazia e triste...
O que me vai na Alma...
Não querendo armar-me em psicóloga de “correio dos leitores” da revista Maria, tenho que partilhar isto convosco .
Quando leio alguns dos nossos posts no blog , fico com a sensação que são como a ponta de iceberg!
Eu vou tentar explicar ; há algumas mensagens que apesar de leves ou divertidas, relembrando algumas histórias dos nossos outros tempos ( das nossas outras vidas) ou re/definindo a nossa personagem actual, parecem tentar quase que desesperadamente estar à tona, emergindo de uma grande dose de angústias, ressentimentos, saudades, e aprisionamentos de variadíssimas formas !! É impressão minha, ou o nosso reencontro, a nossa euforia por estarmos juntos de novo, foi como que uma tentativa de agarrar a nossa juventude!
Encontrámos quem estava nas mesmas condições, desejosos de brincar, de rejuvenescer, de ser crescido mas ter a alma ainda limpa de segredos, tristezas e tormentas, preocupações e compromissos! É assim? Ou sou só eu? Sou só eu que me parece que a paixão com que nos envolvemos na mixtaonline foi com um “novo amor à primeira vista” e que agora se está a tornar numa doce candura, mais sossegada, menos apressada, mais intimista e como diz a Teresa Laranjo cada vez mais intuitivo. Talvez!
Quanto a mim, inesperada e surpreendentemente a nossa reunião agitou muito as minhas “ondas”, fez-me lembrar, pensar, na minha juventude, na juventude da minha filha, nas minhas opções ( partir ou ficar ) , mas também e como me movimento agora , hoje , neste preciso momento e que decisões deverei tomar no futuro, que é já amanhã de manhã!
Apesar de sermos sempre mais ou menos os mesmos a escreverem ( só com um dedo ou com 2 – eu) mas os outros, esses malandrecos que cuscam diariamente as nossas linhas, tenho a certeza que também a eles lhes faz “tilt” as baboseiras que por aqui vão aparecendo…só que têm ainda mais artroses que a Lena e por isso nem com um dedo ainda conseguiram escrever! Tem que ir falar com o Paulo Andrade!
Gostaria que mais participassem, nem que fosse para dizer olá, (sem ser nos comments, isso não vale). Seria bom !
Mas olhem, sabem uma coisa? Sinceramente, não me importo!
Gosto de escrever, gosto de ouvir vos através das palavras…
É viciante é Meguy! Não faz mal!
Às vezes fico triste, não é bem triste …é… é mais …com a sensação de tempo a acabar.
Não é culpa vossa! Sou eu, que sou assim!
(Eu perco-me mesmo quando estou a escrever !!
O fim do texto já não tem nada a ver com o principio, acho que as ideias se afogaram…)
Desgraça!!!
Uma foto do baú
A Lena tem razão: este blog anda um pouco morno (acompanhando o frio que se faz sentir).
Eu por mim ando (e vou andar nos próximos meses) mais ocupado, pois comecei um ciclo de ensaios de teatro que me vão impedir de ter tantas noites livres. (Vejam a hora a que escrevi este post).
Mas, pela minha consideração pela Lena, e para que a chama não se apague, aqui vai um micro contributo: uma foto "tirada do baú" de um piquenique, na mata a caminho da Praia de Faro, na qual se podem vislumbrar o Nélio, eu, a Leonarda, o Fernando Caniço e a São. (Lá atrás estarão o António Oliveira, que morava ao pé do Liceu, e uma outra pessoa que já não sei quem era.) Noutro dia mostrarei outra foto deste mesmo dia em que resolvemos fazer um piquenique na própria terra :)
bjs a todos
Eu por mim ando (e vou andar nos próximos meses) mais ocupado, pois comecei um ciclo de ensaios de teatro que me vão impedir de ter tantas noites livres. (Vejam a hora a que escrevi este post).
Mas, pela minha consideração pela Lena, e para que a chama não se apague, aqui vai um micro contributo: uma foto "tirada do baú" de um piquenique, na mata a caminho da Praia de Faro, na qual se podem vislumbrar o Nélio, eu, a Leonarda, o Fernando Caniço e a São. (Lá atrás estarão o António Oliveira, que morava ao pé do Liceu, e uma outra pessoa que já não sei quem era.) Noutro dia mostrarei outra foto deste mesmo dia em que resolvemos fazer um piquenique na própria terra :)
bjs a todos
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Desabafos
Meus Caros! Quando o Nélio pediu, assim que me foi possível, escrevi um breve resumo da minha vida nestes trinta e tal anos. Tinha, desaparecido do mapa, nas condições a que a vida obriga, e desconhece e tentei sintetizar numas breves linhas o meu percurso. Tive promessas de retorno e sinceramente continuo diariamente à espera. Os dias têm-se sucedido e nada de novidades. Entre os que estão a actualizar o curriculum vitae (para vooos que desconheço), os que estão a defender teses de mestrado, doutoramento ou lá o que seja e que dizem que têm dificuldade em exprimir-se através de um teclado de computador, não há novidade neste blog. E é pena. Para os que não saibam, escrevo no computador só com um dedo. O meu trabalho em muitos anos tem sido desenhar com o rato e por isso para escrever sou muito básica ( aos olhos das minhas filhotas, os filhos são sempre muito críticos) mas desenrasco-me, como se costuma dizer, com alguma rapidez. Também na minha vida profissional, tenho que fazer relatórios e faço-os, como digo, escrevendo só com um dedo. Cada um desenrasca-se como pode. Este blog entrou no novo ano muito anestesiado, se calhar adormecido pelos médicos que surgiram da mixta. Fico à espera, muito sinceramente, que saiam do recobro.
A nossa vida é demasiado breve, para se perder cada instante. Aguardo novas e fico sentada porque me doiem as artroses (que são muitas)...
Bjnhs e abraços
(o verde é de esperança; não tem qualquer sintoma clubístico, com grande desgosto das minhas filhotas, uma é do Benfica, outra do Sporting, e a Mãe só se empolga com a Selecção)
A nossa vida é demasiado breve, para se perder cada instante. Aguardo novas e fico sentada porque me doiem as artroses (que são muitas)...
Bjnhs e abraços
(o verde é de esperança; não tem qualquer sintoma clubístico, com grande desgosto das minhas filhotas, uma é do Benfica, outra do Sporting, e a Mãe só se empolga com a Selecção)
Ursos...
Pois é...somos ursos mesmo...hibernando, não é? Está frio? E já viram a luz do sol? É muito mais bonita com o frio...é da intensidade sólida das partículas...(espero que nenhum de nós tenha ido para química... com excepção honrosa ao PP) Além disso se nos abraçarmos e fizermos grupo...o frio desaparece...
Então amigos? Estão retirados? Todos os dias venho até aqui a ver se vos vejo e...não vejo ninguém. Até parece quando morava na praceta...olhava da janela do rés-do-chão da casa grande amarela a ver se já lá estava alguém...Se fosse menina já podia dizer: avó, vou brincar ao jogo de esconder...se fosse rapaz, pois teria que aguardar um pouco até vir uma rapariga...Depois era uma folia, fosse calor ou frio, desde que não chovesse. Ainda hoje não gosto dos dias de chuva pela mesma razão: molho-me! Se estiver frio...dá para andar, correr, esconder e aparecer de novo atrás dos arbustos...não fosse algum cair ao lago. agora é um parque infantil, já ninguém lá cai! Mas que viagem estou agora a fazer à praceta...ainda não vos conhecia amigos...brincávamos tanto! Esconder, apanhada, bicicleta, 5 pedrinhas, sei lá mais quê. Ali éramos pelo menos 20 miúdos para não dizer ainda mais...Playstation de verdade! Desenvolvíamos bem os músculos das pernas e chegávamos a casa esbaforidos, suados, e sempre um tanto tristes porque a brincadeira acabava. MEEEEEGUY!!! Chamavam-nos assim da janela. Nós nunca ouvíamos à primeira...não ouvimos! Pronto! Só depois da avó gastar um pouco mais as suas cordas vocais...Ainda hoje canto a Eladina da mesma forma...vejo sempre a minha avó a chamar-me na praceta!
Pois é, mas o nosso momento de hibernação deve acabar o quanto antes! Este blog precisa de dinâmica...vá-lá moços...Então e aquelas intenções de, à semelhança da São e...um pouco do Carlos...nos apresentarmos??? Quem começa? Vai às sortes...Vá!
abrejos quentinhos debaixo das mantas com peúgas de lã de verdade. Da Ti Senhorinha...O chá é de erva ursa!
m.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
hora do recreio
Olá! Tenho andado ausente, mas, para descansar a Méguy, não estive doente.
Tenho tido uma semana algo atribulada e o tempo tem sido pouco para divagações. Muito trabalho, muitas mudanças na forja, com a reestruturação, que já espreita. Anda tudo doido...
Não invalida, no entanto, que tenha vindo espreitar as novidades, que nestes primeiros tempos de Janeiro têm, na realidade, sido bem escassas, aqui pela Mixta.
Continuam a ser muitos os ausentes, uns temporários, (e por isso mesmo estão desculpados)outros permanentes, (eternamente permanentes) e é pena que assim seja.
Aguarda-se que apareçam...
Agora acabou-se o recreio...o telefone tocou...e o chefe chamou...
Tenho tido uma semana algo atribulada e o tempo tem sido pouco para divagações. Muito trabalho, muitas mudanças na forja, com a reestruturação, que já espreita. Anda tudo doido...
Não invalida, no entanto, que tenha vindo espreitar as novidades, que nestes primeiros tempos de Janeiro têm, na realidade, sido bem escassas, aqui pela Mixta.
Continuam a ser muitos os ausentes, uns temporários, (e por isso mesmo estão desculpados)outros permanentes, (eternamente permanentes) e é pena que assim seja.
Aguarda-se que apareçam...
Agora acabou-se o recreio...o telefone tocou...e o chefe chamou...
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Acta Teatro no Lethes
Desculpem, mas cá vou eu fazer pub a um bom espectáculo da minha companhia.
(Se não tivesse gostado não vos aconselhava, pois gostaria que continuassem a apreciar teatro e que depois de Março fossem à próxima peça da ACTA... que será dirigida por mim :)
(Se não tivesse gostado não vos aconselhava, pois gostaria que continuassem a apreciar teatro e que depois de Março fossem à próxima peça da ACTA... que será dirigida por mim :)
GEORGE DANDIN de Molière em Faro (Lethes)
Dias 8 e 9 de Janeiro às 21h30 e dia 10 às 16h00
Dias 15, 16 de Janeiro às 21h30 e dia 17 às 16h00
Trata-se de uma aparente comédia de costumes, cujo enredo assenta nos estratagemas de uma jovem mulher para ludibriar o seu marido. O seu contexto histórico é o prenúncio da Revolução Francesa, não se tratando apenas de uma mera comédia de costumes, é também um documento exemplar no que respeita à análise da aliança de classes.
George Dandin é um burguês endinheirado que decide fazer uma aliança com a aristocracia falida, através do casamento. Este homem que vivia de uma forma humilde não se consegue adaptar às exigências da sua nova condição social e para piorar a situação vive sob a ameaça de infidelidade de sua mulher Angélique. Vive uma tensão psicológica terrível por se sentir um marido enganado e por ter feito um casamento desigual, do qual já está profundamente arrependido, com uma mulher que não lhe pode pertencer.
Este espectáculo encenado por Luís Vicente conta com a interpretação de Afonso Dias, Bruno Martins, Elisabete Martins, Glória Fernandes, Luís de A. Miranda, Mário Spencer, Pedro Mendes e Tânia Silva, os figurinos são de Alice Alves, a execução cenográfica é de Tó Quintas, a assistência de encenação de Elisabete Martins, com direcção de cena de Pedro Mendes, desenho e operação de luz de Octávio Oliveira e operação de som de Pedro Leote Mendes.
O espectáculo tem a duração de 1h15m é indicado para maiores de 12 anos e o preço dos bilhetes é de 10€ com descontos.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
então? onde foram?
Eramos muito bonitos!!!Ainda hoje somos...de outras maneiras
É o Bird pois, pequenino...Estás por aí João Passos???
Passou-se alguma coisa com o final do ano? Ou foi com o início deste? ninguém fala, ninguém atende...ninguém escreve! Nem tu São! Nem tão pouco tu, Lena? será que estão com gripe? Estão muito atarefados nas grandes mudanças que estão a fazer nas vossas vidas? Deixem algumas para Fevereiro, março, Abril...etc...Não gastem as iniciativas todas senão ficam como a São nos músculos...
Teresa, acho que precisamos de ir montando o fim de semana em Monchique! Temos que começar a organização. Fevereiro é um óptimo mês! Ninguém se lembra de ir para um SPA em Fevereiro! Estará ainda a chover, tudo muito molhado quem vai querer água? Nós! Bora nessa Teresa? Se calhar devíamos ir ao Teatro na sexta feira no Lethes para começar a cozinhar isto...em fogo lento. Queres ir também Isabel? Existem telefones...
Vou gastar mais umas fotos para ver se vos espevito...
olhem...abrejos!
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Resoluções
É só pra avisar que já comecei a pôr em prática algumas das minhas resoluções do Ano Novo!
1ªRetomei ontem as minhas aulas de ginástica ( hoje tudo me dói, até pestanejar, custa!!)
2º Reduzi pra metade uma das minhas muletas químicas! (isto tem de ser ós bocadinhos, né?!)
E esta heim!
Espero que vos inspire a porem em prática as vossas!
Isto se o temporal aí por baixo não vos pôs todos a andar de "raboleta! Ih ih
1ªRetomei ontem as minhas aulas de ginástica ( hoje tudo me dói, até pestanejar, custa!!)
2º Reduzi pra metade uma das minhas muletas químicas! (isto tem de ser ós bocadinhos, né?!)
E esta heim!
Espero que vos inspire a porem em prática as vossas!
Isto se o temporal aí por baixo não vos pôs todos a andar de "raboleta! Ih ih
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