sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Percurso de vida II Capítulo


Passam os anos e nós passamos tb. Mais velhos, com outro olhar perante a vida. É assim mesmo, é sinal que ainda por cá andamos.

Hoje vou acrescentar mais alguma coisa á minha história de vida. Conheci o Zé, através do meu irmão, eles estiveram na tropa juntos e o Zé, já não sei bem como nem porquê, foi lá passar uma semana, ou uns dias, após a semana de campo que se segue à violência da recruta. As coisas aconteceram, passado um tempo, graças à insistência do Zé. Para variar eu não fui muito simpática, nunca sou no primeiro contacto, nem no segundo, nem enfim, depende das

pessoas e dos casos, nos seguintes. É uma questão de temperamento, de forma de estar, até de insegurança camuflada, o que lhe queiram chamar.

Namorámos quase quatro anos. O tempo que precisámos para ter as condições para casarmos. Foi na sé de Faro que demos o Sim a uma vida em conjunto , mas não estivémos sós, para além dos convidados, estavam a dizer o sim tb a minha irmã Mipas e o meu actual cunhado Paulo. Foi um casamento diferente, duas irmãs no mesmo dia. Das fotografias que mais gosto, é essa do meu Pai a entrar na igreja com uma filha de cada lado: Quando puder faço um scaner dessa fotografia e publico aqui para vós...está uma delícia, podem crer.

Na nossa lua de mel, andámos por terras do norte. Era o que podíamos ter e foi bem engraçado.

Fiquei grávida da Inês passado pouco tempo, por opção nossa. A Inês nasceu grande, muito grande mesmo, mas de parto natural, 4,50kg e eu estava um monstro de inchada. Podem imaginar .

Os primeiros tempos foram complicados. A Nocas (como eu lhe chamei) dava umas noites muito más. Não gostava de chucha, queria chupar no dedo e não conseguia fazê-lo sózinha como é evidente. Foram noites em que dei por mim a adormecer com a minha filha ao colo...coisas de Mãe.

Passados dois anos nasceu a Maticas (Matilde de seu nome), curiosamente no ano em que decidi tirar a carta e não sabia que estava grávida. Aliás, neste ano houve uma greve dos examinadores e acabei por fazer o exame de condução três semanas antes da maticas nascer (imaginam o meu estado de elegância), sem que me tivessem poupado qualquer coisita. lembro-me que tive que estacionar entre dois carros e imaginem a minha figurinha. com a barriga a bater no volante. Não me pouparam nem uma grama!

A Maticas nasceu em Julho, tal como a irmã (a Maticas a 7 e a Nocas a 17), foi um parto difícil, porque a menina Matilde, que nunca deixou ver as suas partes intimas, e portanto foi até ao fim Matilde ou Martim, decidiu embrulhar-se no cordão umbilical e á última hora, quando o Zé tinha finalmente decidido assistir ao parto, deu um ar da sua graça e teve que nascer de cesariana, por estar já em risco de vida. Foi assim que fui Mãe destas duas garotas, muito giras aos meus olhos... para vos mostrar fotografias destes tempos, tenho que ir vasculhar e scanarizar e neste momento não é possível. Prometo para breve, a minha vida em imagens... este é o segundo capítulo da minha história aqui no blog, mais pormenorizado...

3 comentários:

nelio disse...

duas caranguejanas... só podem ser boa gente. eu nasci a 2 de julho, caso já não se lembrem.

Carlos Canas Martins disse...

Conhecemo-noss desde miúdos, talvez por isso não saiba dizer se serás ou não simpática nos primeiros encontros, com pessoas novas, mas penso que sim. Sempre te achei uma pessoa muito meiga, que me inspirava/inspira carinho. De verdade. Lembro-me tão bem de vivermos os amores e desamores uns dos outros e de tentar apoiar, com a mais genuína solidariedade, nessa conquista, o teu então cavaleiro andante. Tu eras a princesa, que estava no castelo... Lembras-te, claro. Eramos miúdos.
É bom conhecer mais este pedaço do teu percurso e o aparecimento das tuas duas florzinhas, caranguejanas.
Tens que nos mostrar essas fotos.

Lena OR disse...

Outros tempos esses...agora tudo é bem diferente.
Ás vezes não é tanto uma questão de simpatia, se calhar é mais timidez, ou outra coisa parecida.